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BRASIL

Uma vitória forte e incontestável de Haddad sobre Bolsonaro é possível

Por: Pedro Henrique Pereira, do ABC paulista
Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Escrevo esse texto às pessoas preocupadas em dar uma derrota colossal ao fascista, visando trazer boas notícias e alguns conselhos de ação.

Estava dando uma olhada nos números do resultado do primeiro turno e fiquei mais esperançoso quanto às nossas chances de vencermos com força no segundo. Apresento esses números aqui pra vocês:

Eleitorado brasileiro: 147.306.295 de 208.944.528 (aproximadamente 60 milhões de brasileiros não são eleitores)

Compareceram às urnas: 117.364.560 (aproximadamente 30 milhões de abstenções)

Votos brancos + votos nulos: 10.313.141

Votos no nazista: 49.276.990

Votos no Haddad: 31.342.005

Votos no Ciro: 13.344.366

Votos no Alckmin: 5.096.349

Outros candidatos somados: 7.990.963

Ou seja, a diferença entre o nazista e o Haddad foi só de aproximadamente 18 milhões. Os votos do Ciro por pouco não dão a diferença. Os votos do coiso totaliza os bolsominions. A soma de abstenções, votos invalidados, e dos demais candidatos é de aproximadamente 67 milhões. Tem MUITA margem pra votos contra o inominável. Somando os petistas, aproximadamente 67% dos eleitores não fecha com o ditador verdadeiramente — sem contar com os que votaram mas não são fanáticos, que são a maioria.

Baseado nisso, acredito que não há motivos concretos para desesperança e que devemos adotar a seguinte linha:

– Fazer com que as pessoas que se abstiveram compareçam para votar Haddad 13.

– Fazer com que quem anulou vote Haddad 13 ou, no mínimo, que permaneça anulando no segundo.

– Fazer com que quem votou no fascista deixe de votar nele. E qualquer abalo da confiança do eleitorado é ponto forte para a derrota dele. Os fanáticos antidemocráticos são uma mixaria de lunáticos.

– Fazer com que quem votou no Ciro vote no Haddad e, nos piores dos casos, que apenas não votem no nazi. Você que apoiou o Ciro no primeiro turno, tente criar uma união eleitoral antifascista nos grupos online do candidato para converter o máximo de votos possível. Só com os votos e apoiadores do Ciro ao nosso lado, já teríamos grande parte da solução.

– Fazer com que quem votou nos demais candidatos votem no Haddad ou, no mínimo, anulem.

Precisamos de uma derrota esmagadora para que o resultado seja inquestionável e que os fanáticos abaixem a bola, e temos uma forte maioria do eleitorado pra isso. Vamos levantar a cabeça e buscar ações eficazes para realizar cada ponto, para dar uma vitória de, no mínimo, 55% vs. 45% ao petista.

Força e vamos juntos dar um passo robusto em direção ao amadurecimento da nossa democracia, da nossa cidadania e dos valores que vão levar o Brasil a um verdadeiro progresso econômico, político e social.

 

*Pedro Henrique é  aluno de filosofia e militante da Resistência/PSOL
Foto: Agência Brasil

Fontes:
https://www.ibge.gov.br/apps/populacao/projecao/
https://www1.folha.uol.com.br/poder/eleicoes/2018/apuracao/1turno/brasil/
http://www.tse.jus.br/imprensa/noticias-tse/2018/Outubro/concluida-totalizacao-de-votos-do-1o-turno-das-eleicoes-2018

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