O presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Economia, Paulo Guedes, receberam um grupo de empresários no Planalto nesta quinta-feira (7). Em seguida, eles foram, à pé, junto com outros ministros, fazer um “apelo” ao ministro Dias Toffoli, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), para afrouxar as medidas de restrição e isolamento, praticadas para combater a pandemia do novo coronavírus.
A ação faz parte de uma ofensiva do governo, da extrema direita e de grande parte do empresariado, contra o distanciamento social. Em um momento em que todos os países reforçam esta política, como principal meio de salvar vidas, e que a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) alerta para a necessidade de medidas mais rígidas e de lockdown em algumas cidades e regiões, Bolsonaro aposta em salvar os lucros destes empresários. Os donos das empresas e os bancos reduziram direitos e jornadas, demitiram e ainda recebem ajudas públicas, enquanto o governo atrasa e dificulta o pagamento da ajuda emergencial de R$ 600.
Veja o nome dos empresários que acompanharam Bolsonaro na marcha genocida ao STF:
- José Ricardo Roriz Coelho, da Abiplast (Associação Brasileira da Indústria de Plástico)
- Fernando Valente Pimentel, da Abit (Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção)
- José Velloso Dias Cardoso, da Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos)
- Paulo Camilo Penna, presidente do Snic (Sindicato Nacional da Indústria do Cimento)
- Elizabeth de Carvalhaes, da Interfarma (Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa)
- Synesio Batista da Costa, da Abrinq, Haroldo Ferreira, da Abicalçados (Associação Brasileira da Indústria de Calçados)
- Ciro Marino, da Abiquim (Associação Brasileira da Indústria Química)
- José Jorge do Nascimento Junior, da Eletros (Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos)
- José Rodrigues Martins, da CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção)
- Reginaldo Arcuri, da FarmaBrasil
- José Augusto de Castro, da AEB (Associação de Comércio Exterior do Brasil)
- Marco Polo de Mello Lopes, da Coalizão Indústria
- Humberto Barbato, da Abinee (Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica), além de um representante da Anfavea
Estes são os nomes do grupo de empresários que defenderam nas ruas uma política genocida, que custou até aqui a vida de pelo menos 9 mil brasileiros – com a subnotificação, este número pode ser muito maior. Estes empresários não estão preocupados com a pandemia pois já não são as suas vidas em jogo. Segundo a XP Investimentos, a pandemia já passou do seu pico entre a elite, que pode se proteger e se cuidar nos melhores hospitais do país.
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