Trotsky vive, oitenta anos depois
Valerio Arcary
Hoje, 21 de agosto, cumprem-se 80 anos do assassinato de Leon Trotsky, dirigente da revolução de 1917, fundador do Exército Vermelho e líder da camada de quadros que se organizou na Oposição de Esquerda Internacional e depois na IV Internacional.
Em 3 de setembro, cumpre-se mais um aniversário da fundação da IV em 1938.
Neste especial, o Esquerda Online publicará artigos sobre o papel do stalinismo e da importância do combate a ele encarnado pela obra e pela ação de Trotsky. Além disso, sobre o processo de fundação da IV, sua atuação na II Guerra e nos processos revolucionários que se seguiram e os debates em seu interior.
Recuperaremos vídeos sobre seu assassinato e depoimentos de seu neto Esteban Volkov, que vive no México, e também artigos de dirigentes trotskistas sobre a vida militantes e a produção intelectual de Trotsky, bem como biografias de alguns dos mais importantes dirigentes trotskistas a partir dos anos 1930 .
Nosso objetivo é o de divulgar sua obra e a relevância de suas ideias para os dias de hoje e ao mesmo tempo procurar oferecer um balanço crítico do seu pensamento e do acionar da organização que fundou.
Como marxistas-revolucionários e trotskistas, temos a convicção que é de grande utilidade o conhecimento e o estudo crítico da vida e da obra do grande revolucionário russo.
Em particular neste momento pelo qual passa o planeta, com uma pandemia inédita causada pelo próprio desenvolvimento do capitalismo; pela eclosão de uma crise econômica gigantesca que enriquece os milionários e traz privações terríveis a bilhões de trabalhadores, explorados e oprimidos no mundo; pelos conflitos geopolíticos cada vez mais fortes na disputa das potências mundiais pela dominação do planeta; pela crise ambiental inédita que coloca em questão a própria sobrevivência da civilização como conhecemos na Terra; e, por último, mas o mais importante, porque começa uma poderosa reação a este estado de coisas, manifestada no levante antirracista nos EUA, na Europa, nas lutas no Líbano, na Bielo-Rússia, na América Latina e em nosso Brasil contra o Bolsonaro.
“Não tem melhor psicólogo que um cachorro que lambe o seu rosto”
Abel Ribeiro*, de Florianópolis, SC