Segundo reportagem do UOL, o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, vai estar de férias por quase um mês, a partir desta quarta-feira, 05. Trata-se do responsável pela principal pasta escalada para cuidar do apoio do governo federal à população afetada pelas chuvas que atingiram parte da Bahia e de Minas Gerais nas últimas semanas. Apesar da continuidade do cenário de caos, com mais de 90 mil famílias desabrigadas somente na Bahia, Marinho teve o pedido de férias autorizado pelo presidente.
O titular do Ministério do Desenvolvimento Regional teve as férias autorizadas para o período de 05 de janeiro a 03 de fevereiro deste ano, quando as articulações políticas em Brasília costumam ter menor intensidade do que no restante do ano devido ao recesso do Congresso Nacional. O despacho de autorização pelo presidente Jair Bolsonaro foi publicado nesta terça, 04, no Diário Oficial da União.
Na ausência do titular da pasta, em geral, as decisões ficam a cargo do secretário-executivo, a segunda autoridade mais importante na hierarquia ministerial.
Ao UOL, o Ministério do Desenvolvimento Regional informou que o trabalho realizado pela Defesa Civil Nacional é técnico e segue protocolos preestabelecidos, coordenado pela Secretaria Nacional de Defesa Civil (Sedec/MDR). Segundo o Ministério, as férias de Martinho em nada modificariam os procedimentos e o atendimento aos estados.
Difícil de acreditar, diante da necessidade de obras de reconstrução de estradas e moradias no Sul da Bahia, que vive uma tragédia humanitária de grandes dimensões. E diante da possibilidade das chuvas atingirem outras partes do país, como já ocorreu em parte de Minas Gerais. As férias de Marinho, que chegou a posar para a imprensa sobrevoando a região, como substituto de Bolsonaro, apenas mostra o descaso deste governo com a vida, seja através das chuvas ou da covid-19.
Rogério Marinho
O ministro foi deputado federal pelo Rio Grande do Norte entre 2015 e 2019, quando foi um dos protagonistas na articulação da reforma trabalhista de Michel Temer, o que custou a sua reeleição no congresso. Em 2020, virou secretário especial da previdência no Governo Bolsonaro, articulando a aprovação da Reforma da Previdência no Congresso. É um dos principais conselheiros de Bolsonaro, em especial na relação com os parlamentares e em projetos e ações no Nordeste, onde o apoio da oposição é maior.
Além disso, Marinho é pré-candidato ao governo potiguar pelo PL em 2022, disputando a vaga com Fábio Faria, ministro das Comunicações, filho do ex-governador Robinson Faria e genro de Silvio Santos, do SBT.
Comentários