Ao Povo do Chile, neste dia histórico
Hoje o povo do Chile falou e deixou claro que sua vontade é de transformar o país em um lugar digno para todas as pessoas que constituem nossa nação.
Os candidatos que neste dia foram eleitos pelos cidadãos para a construção deste novo país, graças às nossas equipes territoriais implantadas em todos os bairros e a enorme rede cidadã que viabilizou este projeto, comprometido com o povo, mobilizando este processo constituinte para dar fim à opressão da classe política à serviço da elite econômica no país.
Superamos os obstáculos que nos foram colocados e seguiremos consistentes com a promessa feita, que conseguiu agregar milhões de pessoas. É claro que quando se dá a opção ao povo de se organizar, podemos nos posicionar em todos os espaços políticos necessários, em igualdade de condições e demandas.
Os parlamentares eleitos pela Lista do Povo não vão aceitar manobras que baseadas na negociação um pacote de direitos básicos sob uma constituição meramente formal. Elaboraremos a nova Carta Magna do Chile para garantir que a dignidade humana e ambiental seja o centro do Estado, e que a justiça e a equidade social sejam o único objetivo dos servidores públicos.
Elaboraremos a nova Carta Magna do Chile para garantir que a dignidade humana e ambiental seja o centro do Estado, e que a justiça e a equidade social sejam o único objetivo dos servidores públicos.
Este é o momento de consagrar a vontade do povo do Chile como o maior poder de decisão em um Estado Plurinacional, por meio de um sistema de democracia direta que representa a diversidade de todo o nosso povo.
Este movimento independente nasceu na rua, com pessoas que conhecem as carências deste sistema, que aprenderam a ultrapassar as péssimas condições de trabalho, saúde e educação, assim como a injustiça política e a violência econômica.
Rejeitamos e combatemos a repressão brutal exercida pelo atual governo, com a cumplicidade de partidos políticos e governos anteriores.
Vamos funcionar como um Banco Popular, respeitando os princípios que nos unem e as diferenças que nos enriquecem, no âmbito da Convenção, por um Estado Constitucional, Ambiental, Igualitário e Participativo.
Esta é uma vitória do Povo do Chile, e em cada “Plaza da Dignidad”, de Norte a Sul e no território insular, celebraremos com aqueles que acreditam no futuro que merecemos, em nome e em memória de todas as pessoas que lutaram desde 18 de outubro de 2019, na linha de frente, dentre eles Mauricio Fredes, Cristian Valdebenito, Alex Núñez e pelos mais de 400 feridos, e também por todos aqueles que foram vítimas da desigualdade socio-econômica dos últimos 40 anos. Não cederemos enquanto não estabelecermos a verdade, a punição das violações dos direitos humanos, a liberdade dos milhares de presos políticos do movimento e a luta contra a corrupção instalada em nossas instituições.
Por todos aqueles que lutam, até que a dignidade se torne habitual.
17 de maio de 2021
*Publicado originalmente no portal da Lista del Pueblo e em Revista De Frente.
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