Pular para o conteúdo
Especiais
array(1) { [0]=> object(WP_Term)#20993 (10) { ["term_id"]=> int(4295) ["name"]=> string(20) "Especial Neofascismo" ["slug"]=> string(20) "especial-neofascismo" ["term_group"]=> int(0) ["term_taxonomy_id"]=> int(4295) ["taxonomy"]=> string(9) "especiais" ["description"]=> string(0) "" ["parent"]=> int(0) ["count"]=> int(69) ["filter"]=> string(3) "raw" } }

Berlim: 25 mil pessoas bloqueiam ato da extrema-direita

Victor Amal (Resistência), Lucas Oliveira (Insurgência)  

Neste domingo (27) em Berlim, capital da Alemanha, cerca de 25 mil pessoas bloquearam o percurso de um ato da AfD (Alternativa para a Alemanha), partido de extrema-direita que ingressou este ano no parlamento alemão. A AfD reuniu duas mil pessoas (seis mil de acordo com os organizadores) e seu plano era de marchar pelo centro da cidade até o parlamento, onde iriam organizar um comício. Entretanto, ao chegar no Portão de Brandemburgo, os neofascistas se depararam com um contra-ato organizado pelos partidos de esquerda e movimentos sociais da cidade.

Bloqueando a passagem do Portão ao parlamento, o contra-ato conseguiu impedir a continuidade da manifestação da extrema-direita. Cercados pelos antifascistas e protegidos por um contingente de milhares de policiais, a AfD não conseguiu ao menos retornar à estação de trem onde havia começado sua marcha. Tiveram de sair escoltados para longe da resistência antifascista.

Este contra-ato foi construído pela frente única ‘Parar o ódio – Parar a AfD’, que reúne desde partidos da esquerda radical, anarquistas, movimento sociais, até social-democratas e membros do Partido Verde. Esta foi a segunda vez no ano que a extrema direita foi impedida de marchar em Berlim.

Em fevereiro, o Pegida, movimento de rua islamofóbico, convocou um ato contra o ‘‘sexismo muçulmano’’, associando a cultura machista exclusivamente à religião muçulmana. Na ocasião, 500 neofascistas tiveram sua marcha interrompida por um contra-ato de quatro mil pessoas.

Apesar de a AfD ter estreado no parlamento este ano, ela figura hoje como terceira força política nacional e como maior partido de oposição ao atual governo, que é composto pelos conservadores (CDU) e pelos social-democratas (SPD).

Berlim demonstrou mais uma vez que o neofascismo, no mínimo, não ficará sem resposta. É nas ruas, com a máxima unidade de ação de todos setores democráticos da sociedade, que se vence a extrema direita. Nenhuma liberdade aos inimigos da liberdade!

Como gritaram os 25 mil neste domingo: “Berlim? Melhor sem a AfD!”