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EDITORIAL

Um ano do Esquerda Online: preparar o lançamento do novo site

“É um equívoco considerar que escritores e apenas eles (no sentido profissional do termo) possam contribuir plenamente para uma publicação; pelo contrário, ela será viva e viável apenas se para cada cinco jornalistas que o dirijam e escrevam de forma regular, existam 500 ou 5 mil colaboradores que não sejam escritores” Lênin

Completamos, no dia 12 de agosto, um ano do lançamento do portal diário Esquerda Online. O portal surgiu como uma iniciativa do MAIS (Movimento Por Uma Alternativa Independente e Socialista). Tivemos 2.227.606,00 milhões de sessões e 2.884.771,00 milhões de visualizações de páginas. A média de sessões é de 6100 por dia. Foram publicados 270 editoriais e 2600 artigos durante esses 12 meses. Média de sete artigos por dia. No Facebook, chegamos às 76 mil curtidas e estamos alcançando, em média, milhares de pessoas toda semana.

O portal esteve ligado às principais lutas contras as reformas e contra o governo Temer. As principais mobilizações foram quando tivemos exatamente picos de acessos ao site. A luta contra a PEC do fim do mundo, em 29 de novembro, as lutas contra as reformas do dia 15 e 31 de março, a greve geral no dia 28 de abril, a marcha a Brasília do dia 24 de abril e o dia nacional de luta no 30 de junho foram dias de recorde do site.

Apesar de ter uma orientação editorial de defesa da construção de uma alternativa de esquerda ao lulismo e ao petismo, tivemos uma posição firme contra o golpe parlamentar que derrubou o governo Dilma através do Impeachment e não hesitamos em denunciar o caráter reacionário da operação Lava Jato. Enfrentamos uma conjuntura complexa e histórica para a esquerda brasileira. Combatemos a direita e a ofensiva da burguesia sem capitular ao petismo e ao fracasso do projeto de conciliação de classes. Conseguimos fazer com que o site virasse uma referência para setores importantes de vanguarda.

Quando lançamos o portal diário, nosso objetivo era transformar o Esquerda Online em nosso “órgão central”, nosso organizador coletivo. Depois de 12 meses, podemos avaliar que escrever para o portal passou a ser uma das prioridades do ativismo que organizamos. Conseguimos envolver vários militantes, alguns inclusive muito jovens, na elaboração de notícias e análises sobre a luta de classes, política nacional e internacional.

Seguimos a orientação de Lênin quando dizia: “… condenaram o Iskra pela precariedade de informações acerca do desemprego e pelo caráter fortuito atribuído às crônicas sobre as ocorrências mais comuns da vida rural. A condenação é merecida; no entanto, o Iskra é “culpado sem ter culpa”. Buscamos também nas aldeias “ esticar um fio de prumo”, mas no campo quase não há pedreiros e deve-se obrigatoriamente encorajar a todos que nos comuniquem até mesmo os fatos mais corriqueiros na expectativa de que isso multiplique o número de nossos colaboradores nesse terreno..” Que Fazer, Lênin

O portal, além de ser nosso organizador coletivo, acabou por ser um instrumento de democratização da atividade política, aproximando muitos militantes e ativistas do trabalho intelectual e da elaboração política. Foi um instrumento de coesão política e reeducação militante porque, muitas vezes, publicamos análises diferentes entre os quadros em relação à conjuntura, sem prejudicar a centralização do MAIS para a ação.

Temos orgulho do que conquistamos neste ano, mas isso é insuficiente perante os imensos desafios que a complexa situação brasileira nos oferece. Queremos avançar mais.

Um novo site a serviço da reorganização da esquerda socialista

Os desafios para a esquerda socialista são enormes no próximo período. Nossa batalha política é pela superação do Lulismo pela esquerda. Estando na linha de frente do combate à direita e à extrema-direita. Apostamos que não existe um divórcio indissolúvel da classe trabalhadora com as suas lideranças. A entrada do MAIS como corrente do PSOL está a serviço da construção dessa alternativa.

Queremos construir um projeto de comunicação aberto à reorganização à esquerda do lulismo. Para isso, queremos convidar personalidades políticas, intelectuais, militantes de outras organizações deste campo político, militantes dos movimentos de opressões, ativistas das lutas da classe trabalhadora e do movimento estudantil para escrever no Esquerda Online.

Vamos reformular o espaço de colunistas e construir um novo site mais moderno e ágil. Para isso, vamos iniciar em breve uma campanha pedindo contribuição financeira aos apoiadores, amigos e simpatizantes do Esquerda Online. A previsão de lançamento do novo site é no início de novembro. Em breve, o novo Esquerda Online vem aí.