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MUNDO

Solidariedade a Ilan Pappe

Da redação
Publicado em: Modificado em: 24/05/2024 06h46

Ilan Pappe é um dos mais importantes e respeitados historiadores sobre a colonização sionista e a opressão dos Palestinos. Uma de suas obras mais importantes é A limpeza étnica da Palestina, publicado no Brasil, onde tivemos o prazer de conhecê-lo pessoalmente.
Mas, como ele costuma dizer, é também um militante pela causa antissionista há décadas.

Nesta semana, Ilan está fazendo um tour de palestras em importantes cidades dos EUA. Sua jornada começou em Detroit.

Ele fez um relato do que ocorreu em suas redes sociais:

Vocês sabem que professor de História de 70 anos estão ameaçando a segurança nacional americana?

“Ao chegar ao Aeroporto fui interrogado durante duas horas por dois agentes do Departamento de Segurança Nacional, período em que ficou sem seu celular.

As perguntas foram delirantes: ‘Você é um apoiador do Hamas? ‘Você considera que as ações de Israel em Gaza são um genocídio? Quais é a solução para o conflito?’

‘Quem são seus amigos árabes e muçulmanos nos EUA? Há quanto tempo você os conhece? Que tipo de relação você tem com eles?’
Em alguns casos eu os remeti a meus livros e em outros, respondi laconicamente com sim ou não (eu estava esgotado após 8 horas de voo, mas essa era parte de sua ideia.

Enquanto me interrogavam tinham uma longa conversação com alguém, seriam israelenses? Após copiarem tudo que havia em meu celular me deixaram entrar.

Sei que muitos de vocês passaram por experiência bem pior, mas depois de que a França e a Alemanha negaram a entrar do Reitor da Universidade de Glasgow por ser um palestino, Só Deus sabe o que ocorrerá a seguir.

A boa notícia é que ações como esta pelos EUA ou por países europeus sob pressão do lobby pró-Israel ou pelo próprio Israel cheiram a pânico e desespero ao fato de que Israel está se tornando um estado pária com todas as implicações de tal status”.

Oferecemos nossa total solidariedade a Ilan Pappe. Isso mostra realmente uma atitude repressiva como outras nos países que ele menciona, mas também o receio do crescimento do apoio à causa palestina pelo mundo, por milhões de pessoas atônitas e furiosas e que exigem o fim da operação sem fim do sionismo contra o povo palestino e seus apoiadores.