Por: Ana Paula Lima, Amanda Menconi e Cauê Campos, de Campinas, SP
Mais um semestre letivo se inicia na rede estadual de ensino. Após as férias, milhares de professores e alunos voltam para a dura realidade das escolas públicas de São Paulo. Seguimos há três anos sem reajuste salarial, o que despencou o poder de compra da categoria. As condições de trabalho nas escolas se tornam cada vez mais insustentáveis e o processo de privatização e sucateamento se aprofundam diariamente. É só vermos o caso da Diretoria de Ribeirão Preto que ameaçou o fechamento de 40 salas na cidade, mas através da atuação da subsede da APEOESP de lá, dirigida pela Oposição Alternativa, conseguiu reverter o fechamento de 21 delas.
Conjuntamente com o semestre letivo, segue os ataques dos governo Temer e Alckmin e com ele nossa necessidade de mobilização e organização para barramos o corte de direitos e o arrocho salarial. Nesse sentido, a APEOESP já lança um calendário de mobilização para o próximo semestre, é preciso construí-lo com mais força ainda. Na próxima segunda, 14/8, haverá a primeira Reunião de Representantes de Escolas (RR) da nova diretoria da APEOESP e indicativo de assembleia para 15/9, precisamos construir estes espaços com afinco e demonstrar o peso que a Oposição Unificada demonstrou na campanha eleitoral. Neste sentido, realizamos este esforço de elaboração coletiva de um balanço sobre a experiência eleitoral na subsede Campinas da APEOESP, para a partir dele tirarmos lições e planejar nossa atuação na região no próximo período.
O #OcupaBrasília
Os meses de março e abril de 2017 foram marcados por enormes mobilizações que tiveram o professorado de São Paulo como vanguarda na luta contra a Reforma da Previdência. As enormes paralisações dos dias 08 e 15 de março, a greve dos dias 28, 29, 30 e 31 de março demonstraram a força da categoria que luta pelos seus direitos, que foram seguidas de uma enorme greve geral que parou o Brasil no dia 28 de abril.
Os enormes ataques impunham que todas as forças fossem concentradas para derrubar Temer e suas reformas, tanto que as Centrais Sindicais marcaram o Ocupa Brasília para 24 de maio. Como a eleição da APEOESP estava marcada para o dia seguinte, 25 de maio, a Chapa 3 – Oposição Unificada protocolou na secretaria geral do sindicato o pedido de convocação do Conselho Estadual de Representantes para aprovar o adiamento da eleição para a semana seguinte, com intuito de permitir a ida da categoria para o Ocupa Brasília. Esta seria apenas uma confirmação do que a presidenta da APEOESP Bebel e candidata à reeleição pela Chapa 1 havia afirmado na assembleia da categoria de 31 de março que adiaria a eleição caso houvesse mobilização no dia, porém ela não cumpriu sua palavra.
Isto demonstra que se a Chapa 1 tivesse interesse em derrubar Temer e as Reformas teria adiado a eleição, porém o interesse de continuar controlando o aparato da APEOESP falou mais alto. Devido ao não adiamento da eleição, muitos professores que gostariam de ocupar Brasília não puderam ir e muitas urnas no estado de São Paulo e também na cidade de Campinas ficaram sem fiscais da Oposição, uma vez que a Oposição construiu seriamente o ato do dia 24 de Maio.
A maioria dos mesários do estado de São Paulo eram alinhados politicamente à Chapa 1. No caso da cidade de Campinas todos os mesários das 96 urnas do município eram aliados da Chapa 1. Com grande esforço a Oposição conseguiu garantir mesários em 70 urnas, porém 26 urnas ficaram descobertas. Houve ainda denúncias em todo o estado de São Paulo, inclusive em Campinas, que a Chapa 1 impediu muitos fiscais da Chapa 3 de entrarem no carro que conduzia as urnas de uma escola para a outra.
Em Guarulhos, subsede dirigida pela Oposição, mostrando os métodos nefastos e criminosos das organizações sindicais ligadas à CUT, a Chapa 1 e membros do Sindicato dos Condutores da cidade destruíram os portões da subsede e roubaram 6 urnas. Dois dirigentes do PT foram levados ao Distrito Policial. Mesmo assim a Chapa 3 – Oposição Unificada obteve esmagadora maioria dos votos em Guarulhos.
É devido a esse tipo de postura que grande parte da categoria não confia mais na direção majoritária da APEOESP, o que pode ser demonstrado na enorme queda da participação da categoria nas eleições. Os dados estaduais revelam que mais de 20% dos professores se desfiliaram e o índice de comparecimento às urnas foi de menos de 30% por cidade.
A votação
A eleição novamente expressou a divisão entre capital e Interior. A Oposição é a mais votada na capital e na grande São Paulo, enquanto a Chapa 1 – Bebel é a mais votada nas cidades do Interior do estado, o que pode ser visto na tabela da eleição deste ano.
A derrota da oposição nas cidades do Interior não significa uma boa atuação da Chapa 1 nessas regiões, mas sim que a Oposição precisa crescer no Interior, pois onde os professores possuem uma alternativa à atual direção eles tendem a votar na Oposição. Exemplo disso são cidades do Interior como Campinas, Jaú e Ribeirão Preto onde a oposição está presente e há uma grande expressão na categoria. Na capital e grande SP, onde a posição também está presente, ela é mais votada que a Chapa 1.
CHAPA |
Capital |
Grande SP |
Interior |
Total |
Chapa 1 – Bebel |
3009 |
3713 |
23684 |
30406 |
Chapa 2 – PCO |
848 |
1017 |
3212 |
5077 |
Chapa 3 Oposição Unificada |
5236 |
6463 |
9873 |
21572 |
Em Campinas, a Chapa 3 ficou muito perto de empatar com a Chapa 1 na eleição para a Diretoria Estadual, sendo que o resultado final foi de 940 votos para a Chapa 1, 205 votos para Chapa 2 e 901 votos para Chapa 3. Ainda que saibamos que a Chapa 2, ligada ao PCO é uma chapa “terceirizada” da Chapa 1, podemos perceber que a maioria dos professores não votaram na Chapa 1.
Além da eleição para a Diretoria Estadual, formada por chapas, houve também a eleição para o Conselho Estadual e Regional. O Conselho Estadual é uma instância acima da diretoria do sindicato e o Conselho Regional dirige as Subsedes, que totalizam 93 em todo estado. (10 na Capital, 13 na Grande São Paulo e 70 no Interior). A Oposição ganhou em todas as subsedes que já tinha maioria, além de mais 6 subsedes (Indaiatuba, Poá, Mauá, Bauru, Atibaia e Taubaté).
O fato de a votação ser por Chapa para o Conselho Estadual e nominal para o Conselho Regional faz com que a eleição seja mais despolitizada nas regionais. Infelizmente, é comum que os professores escolham seus candidatos a partir das fotos e nomes dos materiais de campanha, estabelecendo um voto na pessoa e não no projeto político que a chapa defende para a entidade. Por isso, na votação para Conselho Estadual e Regional defendemos a votação por chapa.
Os candidatos que compuseram a chapa da Oposição Unificada em Campinas obtiveram votação superior a 250 votos cada um, o que nos colocou em uma posição muito superior aos candidatos que compuseram a chapa dos coletivos “XV de Outubro” e “Unidade Classista”, que se recusaram a participar da Oposição Unificada em nossa subsede. Isso demonstra que a postura dos companheiros em não seguir em Campinas a unidade estadual foi um completo equívoco, o que é representado pela queda de votos dos candidatos desses coletivos em relação às eleições de 2014.
Se tivéssemos feito uma campanha de forma unitária desde o começo, a oposição iria muito melhor do que já foi. Além disso, no momento que vivemos, de enormes ataques, a unidade se sobrepõe como uma necessidade da categoria. Devemos, portanto, deixar de lado nossas diferenças e a autoconstrução de cada coletivo para fazermos valer a vontade das professoras e professores. Esperamos que os companheiros compreendam isso e passem a fortalecer ações comuns da Oposição Unificada em Campinas.
Uma análise detalhada dos votos
Com as férias escolares e baixada a poeira das eleições, nos preocupamos em fazer uma análise mais detalhada dos votos para o Conselho Estadual e Regional aqui em Campinas, a fim de entender mais profundamente o processo eleitoral e nos preparar para o próximo período. Desta forma, um dos primeiros fatos que nos salta aos olhos é que todos os candidatos eleitos pela Chapa 1 tinham numeração entre 1 e 47 – curioso se lembrarmos que a ordem da numeração foi feita pela ordem de inscrição.
Infelizmente, esta análise não pode ser feita com o completo rigor, pois a Comissão Eleitoral Regional não divulgou a votação oficial por urna, nem para os membros da Oposição que fizeram parte da Comissão Eleitoral. Só conseguimos atingir estes números através do esforço militante de nossos fiscais, que ao apurar as urnas anotavam as votações de cada um dos candidatos.
A partir disto, podemos perceber que algumas urnas destoaram muito das outras urnas. Destacamos seis: Urna 7 – Valinhos ; Urna 8 – Valinhos; 24 – Pedreira; 25 – Cosmópolis; 27 – Cosmópolis; 32 – Paulínia. Estas urnas se destacam por algumas características específicas: fora da cidade de Campinas, sem a presença de fiscais da oposição e algumas delas por serem urnas consideradas de baixa votação (de escolas municipais e/ou rurais), mas que tiveram muitos votos nos candidatos de 1 ao 47. São elas:
Urna 7 – Valinhos: 28 votos válidos, sendo 27 votos idênticos entre os números 1 e 47.
Urna 8 – Valinhos: 12 votos válidos, sendo todos votos idênticos entre os números 1 e 38.
Urna 24 – Pedreira: 58 votos válidos, sendo 57 votos idênticos entre os números 1 e 47.
Urna 25 – Cosmópolis: 17 votos válidos, sendo 7 votos idênticos entre os números 1 e 47.
Urna 27 – Cosmópolis: 25 votos válidos, sendo 24 votos idênticos entre os números 1 e 45.
Urna 32 – Paulínia: 11 votos válidos, sendo 5 votos idênticos entre os números 1 e 45.
Apesar destas não serem nem de longe as maiores urnas da subsede, as votações destoam da realidade do restante da região. Por exemplo, a Urna 7 concentra-se em escolas municipais da zona rural de Valinhos e teve a mesma votação que a Urna 41 que fica na E.E. Carlos Gomes, escola central de Campinas e a segunda maior escola da Diretoria Campinas Leste.
Este tipo de situação acontece porque, pelas condições dadas, a Oposição não conseguiu enviar fiscais para estas e outras urnas. Quando percebemos que isto estava acontecendo, reiteramos a necessidade de analisar as atas de assinaturas dos votantes, porém fomos impedidos pela maioria da Comissão Eleitoral Regional. Mais uma vez Sueli negou direitos que estão garantidos em estatuto.
Em um exercício para compreender a realidade dos fatos, propomos desconsiderarmos os votos destas urnas, que totalizam 132 votos. O que nos levaria a um cenário completamente diferente na composição do Conselho em Campinas (observe na tabela abaixo).1
Segundo o resultado oficial, a Oposição Unificada não conseguiu eleger nenhum Conselheiro Estadual. Caso estes 132 votos fossem desconsiderados, a Oposição teria eleito 17 dos 38 conselheiros estaduais. Isto obedeceria fielmente a mesma proporção da votação estadual, na qual a Oposição Unificada obteve 44% dos votos válidos, e neste caso teria 44,7% dos Conselheiros Estaduais em Campinas.
Com isto não queremos parecer mal perdedores, queriamos simplesmente que a vontade da categoria fosse expressada pela democracia e transparência do processo. Como dito antes, fazemos isto para realizarmos um balanço coletivo e a luz dos fatos do processo eleitoral na subsede de Campinas. Como podemos perceber, essas distorções acontecem exatamente nas urnas onde a oposição não conseguiu fiscalizar. Para evitarmos que isso se repita só há uma forma: ampliarmos a fiscalização, convencendo os professores dessas escolas a fiscalizarem as urnas.
Classificação |
Nome |
Votação Oficial |
Nome2 |
Votação “Virtual” |
1 |
Suely Oliveira |
905 |
Suely Oliveira |
773 |
2 |
Bernadete |
784 |
Bernadete |
652 |
3 |
Hamed |
776 |
Hamed |
644 |
4 |
Eduardo Martins |
772 |
Eduardo Martins |
640 |
5 |
Neli |
744 |
Neli |
612 |
6 |
Ulisses |
734 |
Ulisses |
602 |
7 |
Marcos Cesar |
733 |
Marcos Cesar |
601 |
8 |
Solange Pozzuto |
691 |
Solange Pozzuto |
559 |
9 |
Perreira |
657 |
Perreira |
525 |
10 |
Silvia Helena |
653 |
Silvia Helena |
521 |
11 |
Ademilde |
649 |
Ademilde |
517 |
12 |
Hélio |
647 |
Hélio |
515 |
13 |
Maria Helena |
618 |
Maria Helena |
486 |
14 |
Débora |
608 |
Eunice |
486 |
15 |
Patrícia de Lião |
606 |
Danilo Magrão |
483 |
16 |
Hadriel |
584 |
Débora |
476 |
17 |
Arlete |
583 |
Patrícia de Lião |
474 |
18 |
Adson |
576 |
Kátia Sartori |
472 |
19 |
Shirley |
552 |
Iara Lage |
468 |
20 |
Gislaine Marangoni |
551 |
Ana Paula |
463 |
21 |
Caio Aguiar |
549 |
Grazi |
462 |
22 |
Maria Julia |
547 |
Adson |
456 |
23 |
Cristiane |
546 |
Hadriel |
452 |
24 |
Adriel |
535 |
João de Regina |
452 |
25 |
Aparecida |
534 |
Arlete |
451 |
26 |
Rosa |
533 |
Lívia Tonelli |
451 |
27 |
Mariza |
530 |
Tatiane Silva |
450 |
28 |
Victorio |
529 |
Berê |
448 |
29 |
Mariela |
528 |
Keka Boaventura |
443 |
30 |
Larissa |
527 |
Amanda Menconi |
441 |
31 |
Marina |
525 |
Naná Cosme |
440 |
32 |
Érica |
515 |
Cidinha |
439 |
33 |
Sandra Omitto |
510 |
Carlinhos |
439 |
34 |
Eliane Aparecida |
506 |
Cauê Campos |
438 |
35 |
Maria Dutra |
505 |
Pamela Penha |
436 |
36 |
Emerson |
504 |
Paula Souza |
433 |
37 |
Fernando Henrique |
501 |
Valdecyr |
432 |
38 |
Dosvaldo |
499 |
Antonio Juninho |
430 |
39 |
Reginaldo José |
499 |
Maria Julia |
427 |
40 |
Eliana de Cássia |
498 |
Flávia Leite |
427 |
41 |
Juliana |
488 |
Chico Nery |
424 |
42 |
Eunice |
486 |
Oscar |
422 |
43 |
Danilo Magrão |
483 |
Shirley |
420 |
44 |
José Carlos |
481 |
Gislaine Marangoni |
419 |
45 |
Kátia Sartori |
472 |
Maria Clara Amon |
418 |
46 |
Iara Lage |
468 |
Caio Aguiar |
417 |
47 |
Ana Paula |
463 |
Vitório Zago |
417 |
48 |
Grazi |
462 |
Ana Carolina Fulfaro |
417 |
49 |
Carlos Eduardo |
460 |
Cristiane |
414 |
50 |
João de Regina |
452 |
Beto Simões |
412 |
A Oposição e as regiões
Lançamos também um olhar para a votação da Oposição nas regiões das 96 urnas. Tradicionalmente duas regiões se destacaram como áreas que votam majoritariamente na Oposição: 1) Campo Grande e John Boyd Dunplop e 2) Ouro Verde e DIC’s. As escolas centrais e das cidades menores majoritariamente votavam na direção da subsede. Grosso modo, esta situação perdura. Mas se lançarmos um olhar a longo prazo percebemos que a região do Ouro Verde e DIC’s é um verdadeiro bastião da Oposição, e desta forma, deve ser defendido e fortalecido. Não é para menos, muitos de nós trabalha ou trabalhou nestas regiões. Na região do Campo Grande e da John Boyd Dunplop fomos bem votados, mas ainda há espaço para crescer na região.
Desde a última eleição, muitos professores das escolas das regiões centrais de Campinas passaram a votar no Coletivo “XV de Outubro” e isto se repetiu nas eleições de 2017, mesmo que em menor número, o que provavelmente se deve ao fato dos companheiros não terem fortalecido a Oposição Unificada em Campinas. Mas isso demonstra que há uma perspectiva de Oposição nos professores dessas escolas e, por isso, devemos ampliar nossa dedicação nas escolas do centro de Campinas.
É interessante notar a transformação de duas cidades: Valinhos e Vinhedo. Antes bastiões da Chapa 1, a partir da greve de 2015 e o contato de jovens professores com o sindicato e Oposição, a situação se inverteu nas eleições de 2017. Diversos candidatos da Oposição Unificada foram muito bem votados nestas regiões, mas ainda há muito espaço, apesar de serem compostas por escolas menores.
As cidades do Interior, como Pedreira, Paulínia e outras, seguem tendo votos majoritariamente na Chapa 1, mas alguns votos “pingados” demonstram que mesmo que nosso material não chegasse em muitas dessas escolas, há professores descontentes com a atual direção da APEOESP.
E daqui para frente?
Acreditamos que este processo eleitoral pode nos deixar três grandes lições, que, inclusive, podem ser generalizadas para todo o estado:
1) As direções majoritárias de nosso sindicato e das centrais que a compõe (CUT e CTB), infelizmente, não colocarão a luta em defesa de nossos direitos como prioridade de suas ações. Isto ficou nítido com o não adiamento das eleições para que pudéssemos participar do #OcupaBrasília com os demais trabalhadores brasileiros. A prioridade dessas direções sindicais e políticas é a própria manutenção de seus privilégios e benesses dentro dos sindicatos, partidos e centrais sindicais.
2) Ameaçada pela unificação da Oposição, a Chapa 1 ampliou ainda mais seus métodos nefastos e demonstrou-nos a necessidade de fiscalização e olhos vivos em todas as urnas para garantirmos que a vontade da categoria seja expressa. Só conseguiremos isto através da ampliação do convencimento do professorado de construir uma alternativa à atual direção do sindicato.
3) A unificação das Oposições foi uma enorme vitória. Para além da votação estadual e da conquistas de 6 novas subsedes, houve uma ampliação dos votos nos conselheiros, tanto em nível estadual como na região de Campinas. Além disso, escancarou ainda mais o desgaste com Bebel&Cia, os professores e professoras de Campinas estão com a Oposição.
O nosso futuro e da APEOESP, principalmente em Campinas, está em nossas mãos, precisamos tomar essas lições e realizar algumas tarefas no futuro próximo.
É preciso ampliarmos, ainda mais, nossa inserção em cada uma das escolas. Devemos convencer todos os professores que se identificam com o sentimento de mudança a se sindicalizarem e se elegerem como Representantes de Escolas. As Reuniões de RE são espaços de disputa política e devemos expressar os 44% de votos que obtivemos nestes espaço, acabou a moleza para Suely&Cia.
Com a demonstração da vitória que foi a oposição unificar-se, precisamos manter a unidade criada no período eleitoral, superar nossas diferenças e criar um polo de atuação e resistência a esquerda de Suely&Cia. Tomemos esses 17 conselheiros “virtualmente” eleitos, como conselheiros de fatos e façamos uma campanha contínua de passagem em escolas para disputarmos as mentes e corações dos professores de Campinas para oposição. Se muitos professores não confiam na atual direção do sindicato e se desfiliam, façamos uma ampla campanha de filiação e de estímulo a eleição de REs, uma vez que só assim conseguiremos frear a forma como o sindicato tem sido conduzido há décadas.
Nesse sentido, convocamos todas as organizações de oposição, professores independentes e qualquer um que queira conhecer a oposição a construir conosco a Oposição Unificada em Campinas e toda região metropolitana. Não podemos deixar que nossas diferenças façam com que a atuação da direção tenha sossego, é preciso que nos próximos três anos e daqui pra frente a Oposição se fortaleça.
Por isso, neste primeiro momento, acreditamos que seja fundamental nos encontrarmos antes do RR (Hotel Vila Rica, às 14h) para fazermos um balanço comum dos acontecimentos recentes, e, principalmente, discutirmos nossa atuação na Reunião de Representantes e no semestre que se inicia. Esta deve ser uma primeira reunião da Oposição Unificada pós eleições que possibilite pensarmos conjuntamente os próximos passos que daremos em unidade, no sentido de fazer com que a Oposição Unificada exista no dia a dia em lutas e campanhas comuns nas escolas.
Imagem: Reprodução Apeoesp
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