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BRASIL

Seis vezes em que Bolsonaro se provou inimigo dos professores

Guilherme Amorim, de São Paulo, SP
Dinheiro MEC barras de ouro Bolsonaro
Scarlett Rocha

1. Defesa de que alunos gravem professores em sala de aula:

Logo após sua eleição em 2018, mesmo antes de tomar posse, Jair Bolsonaro já demonstrava o tratamento que reservaria aos professores e outros profissionais da educação. Em nome da defesa contra uma suposta “doutrinação ideológica” por parte dos docentes, o presidente eleito à época defendeu que os alunos gravassem seus professores, afirmando que “só o mau professor se preocupa com isso aí”.

2. Bolsonaro diz que professores não querem trabalhar:

Em 2020, ano de início da pandemia mundial de Covid-19, Bolsonaro atacou os professores por não estarem dando aulas presenciais, afirmando que “Ficam ouvindo sindicato de professores. Pessoal deve saber como que é composto a ideologia dos sindicatos dos professores pelo Brasil quase todo. É um pessoal de esquerda radical. Para eles tá bom ficar em casa, por dois motivos: primeiro eles ficam em casa e não trabalham, por outro colabora que a garotada não aprenda mais coisas, não volte a se instruir”

3. “Excesso” de professores atrapalha:

Já em 2021, numa conversa a apoiadores na sede do governo, o presidente queixou-se de um suposto “excesso” de professores, afirmando que “(…) o Estado foi muito inchado. Não estou dizendo que não precisa de professor, mas o excesso atrapalha”. Na mesma conversa, reafirmou a censura ideológica aos docentes, afirmando “que não existem mais livros que os pais não gostariam que os filhos tomassem conhecimento na escola e não é pouca coisa, não”

4. Aprovação da PEC dos Precatórios:

Usada para financiar os auxílios sociais na época da eleição e não mexer nos recursos do orçamento secreto, a PEC dos Precatórios atingiu a categoria dos professores em cheio. Alvo de diversas críticas, Bolsonaro se defendeu afirmando que “Olha só o que a esquerda faz. ‘Ah, ele não quer pagar a dívida da professorinha de 20 anos atrás’. É verdade que é o dinheiro da professorinha de 20 anos atrás. Por que o Lula não pagou?”

5. Ataques a Paulo Freire

Como parte de seus ataques ao sistema educacional, Bolsonaro buscou retirar de Paulo Freire o título de patrono da educação brasileira, como parte de uma sistemática campanha para desacreditar o prestigioso educador. Em situações anteriores, o presidente chegou a se referir ao autor como “energúmeno”.

6. Confisco do tempo de serviço durante a pandemia:

Para fechar essa curta lista, de alguns poucos exemplos da postura do presidente para com os professores, nesse ano de 2022 foi sancionada a Lei Complementar 191/22. Essa lei prevê que o período de maio de 2020 a dezembro de 2021, a fase mais aguda da pandemia, não contará para efeito de obtenção de eventuais direitos que constem em planos de carreira, como adicionais, licença-prêmio, anuênios, quinquênios e outros.

FONTES:

https://veja.abril.com.br/politica/bolsonaro-defende-gravacao-de-professores-por-alunos-em-sala-de-aula/

https://www.sinteal.org.br/2020/09/bolsonaro-ataca-professores-e-diz-que-eles-nao-querem-trabalhar/

https://educacao.uol.com.br/noticias/agencia-estado/2021/09/16/bolsonaro-diz-a-apoiadores-que-excesso-de-professores-atrapalha.htm

https://www.correiobraziliense.com.br/euestudante/trabalho-e-formacao/2021/11/4965833-bolsonaro-volta-a-atacar-professores-ao-falar-sobre-a-pec-dos-precatorios.html

https://www.deverdeclasse.org/l/tempo-de-servico-dos-servidores-publicos/

https://oglobo.globo.com/brasil/bolsonaro-diz-que-vai-mudar-patrono-da-educacao-brasileira-titulo-conferido-paulo-freire-23630439

https://g1.globo.com/politica/noticia/2019/12/16/bolsonaro-chama-paulo-freire-de-energumeno-e-diz-que-tv-escola-deseduca.ghtml