Nesta sexta-feira, 22, às 19h, a Bancada Feminista do PSOL, mandata da Câmara de Vereadores de São Paulo, promoverá uma live sobre o modelo de capitalização que destruiu a previdência do Chile e que está sendo proposto para a cidade de São Paulo pelo prefeito Nunes. A live conta com a covereadora Silvia Ferraro, que também é professora municipal, e com uma convidada especial, Karina Nohales, feminista chilena, integrante do Comité de Trabajadoras y Sindicaliastas da Coordinadora Feminista 8M, advogada trabalhista. Karina também foi candidata a Mesa Constituinte, tendo sido uma das principais votações em sua região, e integrou a Coordinadora Nacional de Trabajadores y Trabajadoras NO+AFP, que denunciou os efeitos dos fundos de pensão sobre a aposentadoria do povo chileno. A tradução será feita pela covereadora Natália Chaves.
No Chile, o modelo de capitalização da Previdência Social funciona desde os anos 1980, instalado na época da ditadura militar de Pinochet, substituindo o sistema de repartição. A desculpa, como aqui é defendido por Paulo Guedes e tantos outros liberais, era de que esse último sistema era insustentável. Após 40 anos, o regime de capitalização se mostrou um desastre, com a grande maioria dos aposentados recebendo um valor muito abaixo do salário-mínimo ou mesmo nada. A situação de vulnerabilidade levou, inclusive, muitos idosos ao suicídio.
Em São Paulo, o SampaPrev 2, projeto de reforma de previdência do prefeito Ricardo Nunes, muda a previdência municipal para este regime, dentre outros problemas. O sistema de capitalização chegou a ser proposto no Congresso Nacional, como parte da reforma da Previdência, mas não foi adiante.
A live será retransmitida pelo Esquerda Online e poderá ser vista nesse link.
Comentários