O ex-presidente Lula está percorrendo o nordeste realizando encontros com lideranças partidárias e dos movimentos sociais. Na pauta o combate ao desemprego e a volta da fome extrema, consequências do descaso e abandono do governo negacionista e corrupto de Bolsonaro com a vida do povo brasileiro.
Durante a passagem de Lula pela Bahia, o DCE da UNEB esteve presente na sua agenda. Com mais de 20 mil estudantes espalhados por 24 campi, nos mais diversos territórios de identidade do Estado, a UNEB é um exemplo de Universidade popular e da importância da educação pública na consolidação da democracia.
Na ocasião Marina Amaral, coordenadora Geral do DCE, entregou a Lula uma carta de compromisso com a defesa da educação pública, direito incontornável para garantia de um futuro digno para Juventude. Confira na íntegra a carta entregue a Lula pelo movimento estudantil da UNEB.
CARTA COMPROMISSO
Companheiro Luiz Inácio Lula da Silva,
O golpe parlamentar de 2016, orquestrado pela direita brasileira e a classe dominante, foi responsável pelo início da situação reacionária que atravessa o povo trabalhador no Brasil. A sua prisão política, absolutamente injusta e arbitrária, o assassinato político da companheira Marielle Franco e a eleição do governo genocida de Jair Bolsonaro, são frutos do golpe que destituiu a presidenta Dilma Rousself.
Nosso país atravessa um retrocesso histórico, em todas as áreas: sociais, econômicas e políticas. A educação, em especial as Universidade Públicas, são alvos constantes de duros ataques do governo, desde a falta de investimento, até a interferência direta nomeando interventores, colocando em risco todos os avanços conquistados nos últimos anos.
Diante de toda adversidade, fomos resistência e lutamos incansavelmente contra a barbárie representada pelo fascista que ocupa a cadeira presidencial. Nós, estudantes da Universidade do Estado da Bahia, que resistimos bravamente aos ataques do Governo Rui Costa, que estivemos na linha de frente do Tsunami da educação em 2019, nos atos antifascistas e antirracistas de 2020 e em todas as mobilizações de ruas em 2021, construídas pela unidade da esquerda com os movimentos sociais, em defesa do impeachment de Bolsonaro.
Acreditamos que vamos superar tudo isso, com a unidade das organizações populares, que defendam a soberania nacional e a dignidade do povo trabalhador no Brasil, enxergando na sua liderança, um porta-voz importante de um projeto de país que perpassa necessariamente por:
– Revogação da Emenda Constitucional 55;
– Ampliação de investimento das Universidade Públicas, com retomada imediata dos repasse do PNAES;
– Renovação e ampliação da Lei de Cotas Raciais, que em 2022 completará seu primeiro ciclo;
– Defesa da promoção do debate da diversidade de gênero e sexualidade no Plano Nacional de Educação;
– Reformulação na política de segurança pública que possa enfrentar o encarceramento em massa e o genocídio da juventude negra;
Salvador, 25 de agosto de 2021
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