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MOVIMENTO

Salvador: Saiba como será o 19 de junho na capital da resistência

Jean Montezuma*, de Salvador, BA

Será maior! Sim, será. Após os vitoriosos atos realizados no 29 de maio, essa é a expectativa que atravessa os quatro cantos do país de norte a sul, de leste a oeste. Na verdade, e não é nenhum exagero dizer, extrapola até mesmo as fronteiras do Brasil. Do 29M para cá, só cresceu a indignação com o desgoverno genocida. E junto com a indignação, cresceu também a confiança e a disposição de ir às ruas transformar em ação a nossa revolta. Até a última quarta, 16/06, já contabilizávamos 319 atos marcados, sendo 41 deles em cidades de outros países.

Na Bahia não será diferente. Na capital da resistência, Salvador, o ato tem concentração marcada para Praça do Campo Grande às 14hs, de onde sairá em direção ao Farol da Barra. A construção do 19 de junho está sendo feita por muitas mãos, refletindo a unidade na luta entre os partidos (PT, PSOL, PCdoB, UP, PCB), as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, as Centrais sindicais, a UNE, o MST, o movimento negro, feminista, LGBTQI+, todos articulados pela Frente Nacional Fora Bolsonaro.

No interior do Estado também haverá atos em Feira de Santana, Camaçari, Itabuna, Juazeiro, Ilhéus, Jacobina, Vitória da Conquista, e mais de 10 outras cidades. Serão caminhadas, carreatas e ações simbólicas. Cada cidade conforme suas particularidades, mas com o mesmo objetivo comum: Dar um basta nesse governo genocida, pois temos a certeza de que cada dia que ele permanece no poder, é um dia a mais com nossas vidas em risco. 

Jogamos no time da vida.

Diferente das “motociatas” fascistas de Bolsonaro, nós jogamos no time da vida. Assim como fizemos no 29M, novamente os cuidados sanitários receberão especial dedicação. Nos queremos vivas e vivos, não somos irresponsáveis como tentou fazer parecer o prefeito de Salvador, Bruno Reis (DEM), que um dia após o 29 de maio quis responsabilizar nosso ato por uma possível alta na taxa de transmissão e ocupação de leitos na capital. 

Sim, é verdade, as taxas de ocupação de leitos seguem altas na capital e em todo Estado (74% Salvador, e 75% Bahia). Mas, o que a hipocrisia do prefeito de Salvador tenta esconder é a sua responsabilidade, ou melhor irresponsabilidade, pelos ônibus com frota reduzida que seguem lotados; shoppings, bares e serviços não essenciais que seguem abertos; e também as escolas da rede municipal que ele insistiu em reabrir, e que já contabilizam mais de 100 unidades com casos de covid-19 confirmados. 

No dia 19 de junho iremos às ruas cientes de que não existe “risco zero”, mas com a disciplina e os cuidados necessários, para diminuirmos os riscos. Para começar, quem tem ou convive com quem tem comorbidade não deve ir ao ato. Isso vale também para quem tiver algum sintoma suspeito de gripe, mesmo se já estiver vacinado. Seguras em casa, ocupando as redes sociais, essas pessoas poderão ajudar muito. No ato, a marcha será organizada em três fileiras e por blocos, sempre com a distância mínima de 2 metros entre as pessoas. Nada de abraços e apertos de mão, uso de máscaras PFF2 e N95, bem como a higienização das mãos com álcool em gel, seguiram obrigatórios.

Vamos às ruas, a plenos pulmões, gritar FORA BOLSONARO GENOCIDA!

*Militante da Resistência/PSOL.

Veja também: Veja a lista dos atos Fora Bolsonaro neste 19 de junho

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