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MUNDO

Equador agora: Todo apoio a luta do povo trabalhador contra medidas neoliberais

Da redação

No dia 1° de outubro, o atual presidente de Equador, Lenín Moreno, anunciou um pacote de medidas que representa um duríssimo ataque aos diretos sociais do povo.

As medidas incluem reformas econômicas e trabalhistas, todas no sentido de retirar direitos dos trabalhadores e da maioria da população, e são parte de exigências do FMI, depois de um empréstimo ao país, negociado pelo governo Moreno.

Além das reformas, o governo cortou o subsídio dos combustíveis, elevando o preço do diesel e da gasolina aditivada. Esse foi o estopim da revolta popular. Com a medida, o Governo pretende economizar 1,4 bilhão de dólares (mais de 5,7 bilhões de reais) por ano. A medida foi anunciada na noite de terça e na quinta explodiram os protestos.

Lenín Moreno foi eleito com o apoio do ex-presidente Rafael Correa. Mas, quando chegou ao governo, rompeu com o antigo “padrinho político” e se aproximou rapidamente dos EUA, defendendo medidas afinadas com o FMI. Moreno chegou até tentar prender Correa diante de acusações de corrupção.

O povo reage nas ruas

As medidas neoliberais de Moreno geraram forte reação popular e grandes mobilizações estão acontecendo no país nas últimas horas.

Frente aos protestos da quinta-feira, que paralisou os transportes, fechou as principais vias da capital (Quito), o governo decretou o estado de exceção, com duração de 60 dias e que suspende, entre outras coisas, o direito a realizar reuniões. Segundo a imprensa, as prisões já podem a chegar a 195 manifestantes.

Moreno reage com uma atitude totalmente autoritária, apostando numa política de confronto direto. As manifestações chegaram a paralisar a Assembleia Nacional e o Exército e a Polícia estão nas ruas para reprimir o legítimo movimento popular.

No segundo dia de paralisação nacional, os protestos e bloqueios de estradas foram convocados, principalmente, pelas cooperativas de taxistas e sindicatos de motoristas autônomos, em razão do fim dos subsídios da gasolina e liberação dos reajustes mensais.

As mobilizações começam a passar por cima desta medida arbitrária do governo, colocando Moreno contra a parede. Esperamos que nenhum setor da esquerda caia nos falsos apelos pseudo democráticos deste governo entreguista e traidor.

Chamamos a solidariedade internacional as lutas dos trabalhadores equatorianos. As mobilizações que ocorrem hoje no Equador são parte de um processo maior de resistência que vêm ocorrendo na America Latina, como assistimos na Argentina e em Honduras, para ficar em dois exemplos.

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