O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, chega nesta quinta, 21, ao Chile, para participar da cúpula de governantes sulamericanos que lançará o fórum de integração conhecido como Prosul. Na visita oficial, ele tratará do comércio e da cooperação bilateral.
Bolsonaro desembarca em Santiago logo depois de visitar e receber ordens de Donald Trump, dos EUA. E às vésperas da cúpula de presidentes convocada pelo Chile, junto com governos de extrema direita da América do Sul, como Bolsonaro (Brasil), Duque (Colômbia), Macri (Argentina) e de outros nove países. Estes governantes decidiram enterrar de vez a UNASUL, referência de governos progressistas da região na década passada, como Chávez, Lula, Kirchner, Correa, Lugo, Mujica, que não conseguiram construir com força e proteção a dita organização multilateral que beneficiaria os povos e que, agora, agoniza em seu prédio construído no Equador, de Correa.
Agora se pretende levantar esta nova referência política sulamericana, o Prosul, com a vinda de Trump, que traz consigo Bolsonaro. Um reflexo da atual situação do continente e de seus governos entreguistas ao imperialismo norteamericano, que se juntam para assegurar aos Estados Unidos tranquilidade para explorar os recursos naturais de seu “quintal” e seus povos. Vão atrás da Venezuela, com seu títere autoproclamado Guaidó, e logo será Cuba e o último bastião, a Bolívia, de Evo Morales.
Esta visita oficial do ultradireitista Bolsonaro será a segunda a outro país desde que assumiu seu mandato no dia 1º de janeiro. E depois da que ele concluiu na terça, 19, nos Estados Unidos, e antes da que fará no final deste mês a Israel, outro país considerado como aliado estratégico. Isso deixa claro as prioridades do novo presidente do Brasil e sua política externa – os governos anteriores, de Dilma e Lula, sempre iniciaram seus mandatos com visitas oficiais à Argentina, principal parceria comercial na América do Sul.
O governante aproveitará a visita para conversar com Piñera sobre o apoio do Chile a entrada do Brasil na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), após conseguir o respaldo explícito do presidente estadunidense, Donald Trump, ao pleito.
Mas o mais importante da visita será a reforma da Previdência, o principal projeto do governo Bolsonaro, e que tem como modelo o sistema de capitalização individual adotado pelo Chile na década de 1980, reforma que mudará a vida dos aposentados de Brasil no futuro, se a classe trabalhadora do Brasil, não conseguir deter este ataque aos direitos da Previdência Social, da universalidade e solidariedade entre as gerações, sofrerão as consequências que hoje sofremos os trabalhadores e as trabalhadoras do Chile.
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