Por Isabel Fuchs, de Campinas, SP
Hoje o dia foi histórico na Unicamp. Depois de uma longa luta, que começou há anos com a formação da Frente Pró Cotas e do Núcleo de Consciência Negra, podemos afirmar que vencemos.
No ano passado, depois de um processo intenso de pressão do movimento negro da universidade para que o movimento estudantil hierarquizasse a pauta, ocupamos a reitoria e fizemos a maior greve da história da universidade. Desta greve conquistamos três audiências públicas e a discussão e votação do projeto de cotas étnico raciais no Conselho Universitário.
Diversas entidades estiveram hoje na Unicamp, movimentos sociais e o movimento negro lotaram os entornos da reitoria, onde ocorria a reunião do conselho universitário.
Em uma das últimas cidades a abolir a escravidão podemos dizer que, finalmente, demos um grande passo no sentido da reparação histórica ao povo negro e aos indígenas.
A partir da aprovação do princípio de cotas étnico-raciais será formado um GT, que será responsável por discutir e elaborar a implementação progressiva das cotas, com o objetivo de alcançar 50% de reserva de vagas. Este projeto será referendado em 21 de Novembro, no Consu. As cotas passam a valer no vestibular de 2019, segundo a previsão do relatório aprovado hoje.
A vitória do movimento negro coloca os setores reacionários da universidade na defensiva, além disso a aprovação das cotas é ainda um tapa na cara da política racista e elitista de Alckmin.
As portas da Unicamp finalmente se abrirão ao povo negro e pobre.
VAMOS LUTAR, A UNIVERSIDADE VAI SER PRETA E POPULAR!
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