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BRASIL

Ato unificado contra ‘Pacote de Maldades’ de Pezão reúne três mil no Rio de Janeiro

Por: Leandro Santos, do Rio de Janeiro, RJ

Esta terça-feira (23) foi mais um dia de luta e resistência dos servidores públicos do estado do Rio. Em mais um dia de protesto em frente à Assembléia Legislativa, cerca de três mil servidores de diversas categorias, algumas em greve e outras com paralisação, estiveram presentes. As lideranças dos sindicatos das diversas categorias presentes (Educação, Saúde, Judiciário, Segurança Pública e outras), representados no MUSPE – movimento unificado dos servidores públicos estaduais – reuniram com o presidente da Alerj Jorge Picciani e líderes dos partidos e exigiram a extinção do ‘Pacote de Maldades’ proposto pelo governo de Pezão e Dornelles. Também, entregaram algumas sugestões de projetos de lei para enfrentar a crise pela qual passa o estado. Exigiram ainda a diminuição dos mais de 50 mil cargos comissionados e o fim das isenções fiscais, além da abertura da CPI das Isenções Fiscais para a qual o presidente desta distinta casa deu um curto e seco ‘não’. Ao ser questionado o porquê, readirmou: “Porque não”.

Algumas lideranças de partido se comprometeram em votar contra o pacote, como o PSOL, PDT, PT e PCdoB. Hoje mais alguns itens já foram descartados do pacote, como os projetos de lei que prevêem a extinção do Iperj, Iaserj, Leão XIII e Instituto de Engenharia e Arquitetura. Na semana passada, já havia sido retirada do pacote a taxação especial de 16% e três projetos de lei que previam extinção de autarquias:  a Superintendência de Desporto do Estado do Rio (Suderj), a Fundação Centro Estadual de Estatísticas e Pesquisas do Estado do Rio (Ceperj) e a Fundação Instituto de Pesca do Estado do Rio (Fiperj). Com isso, já são oito itens retirados do pacote de Pezão.

Mas, a pressão que vem das ruas é grande e Pezão conseguiu um grande feito, que há muito tempo não se via no Rio: conseguiu juntar educador, policial, bombeiro, técnico judiciário, técnico administrativo, psicólogos, enfermeiros, médicos, carcereiros. A disposição é de lutar até que o pacote seja rejeitado definitivamente na Alerj. Dia 29, próxima terça-feira, mais uma reunião está marcada com lideranças do governo para que aí sim tenha-se um posicionamento definitivo sobre o pacote. Está marcada para o início de dezembro a votação do pacote. Se até lá o governo não recuar, o Rio de Janeiro vai parar!

Foto: SEPE

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crise / PEZÃO / pmdb