Na tarde dessa quarta-feira (19) centenas de manifestantes – com estimativa de 300 a 400 pessoas – de vários movimentos populares, representantes de partidos políticos, parlamentares, entidades sindicais e do movimento estudantil participaram de um ato na Cinelândia, região central do Rio de Janeiro, condenando os bombardeios que Israel vem disparando contra a população em Gaza, que já matou mais de 3.785 pessoas, incluindo mais de 1.500 crianças há 14 dias consecutivos, no que pode ser considerado, sem dúvida um genocídio e não um guerra.
O ato (que já é o segundo realizado) foi convocado pela Comitê de Solidariedade a Luta do Povo Palestino em parceria com a juventude Sanaúd, que reúne filhos de palestinos no Brasil. Com muitas bandeiras, cartazes e faixas, os manifestantes pediam o imediato cessar fogo e o fim da ocupação militar israelense na Palestina que já dura 75 anos.
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Numa das falas mais significativas do ato, Tatianny Araújo – da Resistência Feminista do RJ – fez questão de lembrar da importância “em nos somarmos a onda de solidariedade internacionalista aos palestinos como vem ocorrendo em várias cidades do mundo nos últimos dias” e que os ataques de Israel ao povo palestino é parte de um genocídio sistemático, uma limpeza étnica continua. Tatianny também lembrou Angela Davis (histórica ativista estadunidense antirracista e feminista) quando ela diz que “nossa luta é uma luta constante” “e que olhar para o movimento negro é olhar para a resistência palestina”. Por isso é importante demonstrar toda a solidariedade também à população do Complexo da Maré, uma vez que “as dores na Palestina se somam as dores dos moradores da Maré” que vem enfrentando diariamente a mesma lógica genocida com operação policiais constantes. Vale lembrar que em 2022, a Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro comprou 600 fuzis israelenses IWI.
Por fim o Comitê de Solidariedade à Luta do Povo Palestino convoca uma Plenária para fazer um balanço do ato e organizar os próximos passos que acontecerá na próxima segunda-feira (23) às 18h no Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (SEPE).
Por Roberto “Che” Mansilla é professor e militante da Resistência-PSOL
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