Para dar freio ao genocídio negro, Fora, Bolsonaro!
29 de Maio nas ruas!
- PELO FIM DO RACISMO NA VACINAÇÃO!
VACINAS PARA A POPULAÇÃO NEGRA, PELO SUS!
PELO FIM DO RACISMO, DO GENOCÍDIO NEGRO, DA VIOLÊNCIA POLICIAL!
POR JUSTIÇA POR MIGUEL!
CHEGA DE CHACINAS! SOLIDARIEDADE ÀS FAMÍLIAS DAS VÍTIMAS DO ESTADO!
PELA MEMÓRIA DE ÁGATHA, DOS MENINOS DO CABULA, EVALDO, BETO FREITAS, JOÃO PEDRO, MICHAEL, RYAN, BREONNA E GEORGE FLOYD!
NEM BALA, NEM FOME E NEM COVID. O POVO NEGRO QUER VIVER!
Negros, favelados, pobres em todo o país não tiveram direito ao isolamento social. A gestão genocida da pandemia deixou a maior parte da população exposta ao coronavírus. Negras e negros foram as pessoas mais contaminadas, as que menos tiveram acesso a tratamento, e parcela majoritária das que morreram pela doença.
Hoje, caminhamos para um número assustador de 500 mil mortes, fora as subnotificações e as pessoas que desenvolveram sequelas em razão da doença. No atual cenário de poucas doses de vacinas disponibilizadas, ante a irresponsabilidade do governo Bolsonaro que deliberadamente decidiu não vacinar a população, a população negra é menos da metade do universo de vacinados – mesmo sendo maioria da população.
Em 2020, primeiro ano da pandemia, as polícias de São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia e Pernambuco bateram recorde de mortes promovidas por policiais. Há um ano, organizações negras, periféricas e de favelas convocaram protestos em frente ao Palácio Laranjeiras e depois na Avenida Rio Branco, no Rio, em razão do assassinato do menino João Pedro, de 14 anos, durante uma operação conjunta das polícias Federal e Civil, no Complexo do Salgueiro.
Depois disso, o Ministério Público Federal recomendou a suspensão de operações durante a pandemia da Covid-19, que foi confirmada por decisão do STF, pouco tempo depois. Mesmo assim, as operações policiais em todo o Brasil continuaram. A polícia continuou matando negros.
O massacre do Jacarezinho, com o assassinato de 29 pessoas negras presas, julgadas, condenadas e exterminadas, num só ato pelos policiais, mesmo diante da proibição da suprema corte, é a prova de que o Estado está ocupado por governantes organicamente ligados às milícias de extrema direita em diversos níveis, desde câmaras municipais, passando por governos de Estado e chegando ao Palácio do Planalto.
“Neste momento, em que diferentes setores se unem em defesa da democracia contra o fascismo e o autoritarismo e pelo fim do governo Bolsonaro, é de suma importância considerar o racismo como assunto central”, conforme afirmado pela Coalizão Negra Por Direitos no manifesto “Enquanto houver racismo, não haverá Democracia”, de junho de 2020.
No dia 12 de agosto de 2020, a Coalizão Negra Por Direitos protocolou pedido de impeachment em enfrentamento aos crimes de responsabilidade cometidos por Jair Bolsonaro, somando-se aos 55 pedidos de impeachment protocolados na Câmara Federal contra o presidente.
Em 18 de fevereiro, organizamos uma ação nacional em defesa de vacinas para todas e todos, pelo SUS, e por auxílio emergencial de R$ 600 até o fim da pandemia. Mobilizações de rua aconteceram em todas as regiões do país com o protocolo de requerimentos e Projetos de Leis nas câmaras estaduais, municipais e distritais.
No último 13 de Maio, Dia Nacional de Denúncia Contra o Racismo, apesar da tentativa de invisibilidade de alguns setores, a Coalizão Negra Por Direitos convocou a sociedade para as ruas e promoveu a maior mobilização nacional desde o início da pandemia, com protestos em todas as capitais do país.
A crise social que se aprofunda na pandemia tem como alvo, uma vez mais, o povo negro e pobre brasileiro. A falta de incentivo e de políticas públicas gera desemprego em massa, aumento da pobreza e da miséria e faz explodir a fome. Mais da metade da população brasileira, hoje, não sabe se vai comer ou como alimentará seus filhos amanhã. 20 milhões de pessoas já passam fome. Vivemos um cenário de guerra.
O governo Bolsonaro leva às últimas consequências a natureza genocida do Estado brasileiro. Não há alternativas: é preciso ocupar as ruas!
Na verdade, a população negra não saiu das ruas durante a pandemia pela necessidade de trabalhar, buscar o pão e o sustento de suas famílias, superlotando ônibus, trens e metrôs para servir àqueles – de maioria branca – que tiveram o privilégio de se isolar e garantir suas vidas. Ocupamos as ruas em protestos em toda a pandemia, sobretudo, em denúncia contra a violência e o racismo.
Agora, mais do que nunca, tomaremos as ruas, também, para lutar pelas nossas vidas!
Para dar freio ao genocídio negro, FORA, BOLSONARO!
Exigimos:
FORA, BOLSONARO!
JUSTIÇA POR MIGUEL.
Fim do racismo na vacinação e ampla cobertura vacinal.
Vacinas para todas e todos pelo SUS.
Retorno imediato do Auxílio Emergencial de, ao menos, 600 reais mensais, até o fim da pandemia e consequente aprovação de uma renda básica permanente, sem prejuízo do Bolsa Família.
Fortalecimento dos benefícios de Prestação Continuada.
Atendimento a todos os protocolos de proteção determinados pela Organização Mundial de Saúde enquanto perdurar a pandemia.
Erradicação da política genocida do governo contra a população negra e indígena.
Fim da Emenda Constitucional 95 que retirou investimentos da saúde e provocou o sucateamento do Sistema Único de Saúde (SUS) – perdemos R$ 18 bilhões de investimentos em 2019.
#FORABOLSONAROGENOCIDA
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