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OPRESSÕES

23 de setembro: Dia da Visibilidade Bissexual

Devido aos padrões heteronormativos e à hegemonia da monossexualidade – atração por um único gênero -, a comunidade bissexual é invisibilizada até mesmo dentro da sigla LGBTQIAP+. Por isso, muitos sãos os mitos sobre a bissexualidade, os quais visamos debater a seguir.

Alice Roberta Melo* e Fernanda Lopes**, de Maceió, AL
Reprodução / PSOL

Ao contrário do que se diz, ser bissexual não é ser metade hétero e metade homossexual. A bissexualidade é uma orientação completa, não é um meio-termo, nem uma fase de transição ou indecisão.

Ainda, a pessoa bissexual não necessariamente se atrai de forma igual pelos diferentes gêneros, já que há a atração romântica e a sexual, que podem variar ou não. Isso não quer dizer que se é mais ou menos bissexual.

Outro ponto é que a bissexualidade é uma orientação não-binária, pois simboliza a atração por dois gêneros ou mais, sendo eles gêneros binários (homem/mulher) ou não, o que é representado em sua bandeira.

Além disso, mesmo sendo ambas orientações não-monossexuais, há uma diferença entre bis e pans, que NÃO está na atração por pessoas transsexuais. A bissexualidade não é transfóbica! A diferença está em que, na pansexualidade, o gênero não é um fator determinante para a atração.

Diante de todas as falácias e fetichizações, a comunidade bissexual resiste. A bifobia e o monossexismo não podem invalidar essa forma amorosa, ser bissexual é um ato político e válido, por isso: viva ao mês da visibilidade bissexual!

 

*Alice Roberta Melo – cursando técnico em química pelo IFAL, equipe de comunicação do Afronte em Maceió AL;

** Fernanda Lopes – cursando superior em pedagogia pelo Cesmac, equipe de formação do Afronte em Maceió AL.

Marcado como:
bissexuais / lgbtqi