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MOVIMENTO

Belém: dia nacional de lutas, mobilizações e paralisações

Por: Andréa Neves, de Belém, PA

Os trabalhadores e a juventude de Belém realizaram um grande ato na manhã desta sexta-feira (11). O Dia Nacional de Lutas, mobilizações e paralisações’ reuniu, na cidade, cerca de cinco mil nas ruas para denunciar os ataques e o ajuste fiscal do governo ilegítimo de Temer (PMDB).

Diversas centrais sindicais (CSP-Conlutas, CUT, CTB), movimentos sociais, sindicatos e entidades estudantis estiveram presentes, mostrando que há unidade para lutar contra a PEC 55, que congela investimentos em áreas sociais por 20 anos, além da reforma trabalhista e da previdência. Foi grande a presença de professores universitários e técnicos das universidades federais, que iniciaram sua greve nacional através deste ato, além de professores da rede estadual.

“O governo Temer quer impor um duro ataque aos direitos dos trabalhadores. Todas as medidas do ajuste fiscal pretendem cortar daqueles que já não tem. Por isso, é preciso resistir. Precisamos seguir o exemplo da juventude, que vem protagonizando uma forte onda de ocupações em defesa da educação pública nesse país. Esse ato mostra que a nossa unidade é fundamental para derrotar Temer”, disse Ângela Azevedo, diretora do Sindicato dos Trabalhadores das Instituições Federais de Ensino Superior (Sindtifes).

A juventude que ocupa escolas e universidades também esteve presente. “Estamos ocupando a UFPA desde o início da semana. E nossa ocupação segue forte, com muita disposição pra derrubar esse governo. Estamos lutando para garantir nosso direito ao futuro”, explicou a estudante, Juliana Damasceno.

Sob um sol escaldante, o ato percorreu a Avenida Almirante Barroso e finalizou em frente ao Tribunal de Justiça. Para Abel Ribeiro, coordenador estadual da CSP-Conlutas, foi um pontapé inicial para a construção de uma greve geral. “Em várias cidades do país acontecem paralisações e protestos. E nossa tarefa é fazer o movimento crescer, colocar milhões nas ruas para derrotar o governo Temer. No dia 25 de novembro, é nosso dever estar de novo nas ruas, em unidade”, disse.

Foto: André Neves | Esquerda Online