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MOVIMENTO

CSP-Conlutas nasceu para fortalecer a unidade da classe

Por: Cauê Campos e André Valuche, de São Paulo, SP

Nos primeiros anos de governo, Lula anunciava a Reforma da Previdência, um profundo ataque contra os servidores públicos. Como resposta, em março de 2004 o Encontro Sindical em Luziânia (GO) uniu setores que queriam lutar contras as reformas com destaque para a da Previdência. O encontro reuniu mais de 1700 ativistas de diversas categorias, que definiram um calendário de lutas e uma coordenação nacional de lutas para aglutinar sindicatos e movimentos. Dessa experiência nasce em 2006, em Sumaré (SP), a Coordenação Nacional de Lutas (Conlutas).

Nesse período, a Conlutas cresceu, sindicatos importantes como o ANDES se filiaram e a Central se consolidou como uma alternativa à esquerda da CUT. Mesmo assim, a Conlutas sempre manteve aceso o chamado à unidade de todos os setores combativos. Um exemplo disso é o Encontro Nacional dos Trabalhadores, que nesse ano completa 10 anos. Cerca de seis mil pessoas lotaram o ginásio do Ibirapuera, em São Paulo, para organizar a luta contra as reformas. O encontro  reuniu setores como Intersindical, MTST, Confederações Sindicais, Cobap (Confederação Brasileira dos Aposentados) e dirigentes do MST.

Então, desde o seu nascimento, a CSP-Conlutas possui um papel importante na busca pela unidade de setores lutadores da classe trabalhadora, seja com a formação de frentes, ou unidades de ação com sindicatos e movimentos sociais. Uma central que dialoga com os movimentos de luta pela moradia, os trabalhadores rurais, a juventude e organizações de luta contra as opressões. O internacionalismo é uma marca registrada da central. O princípio é que a luta da classe trabalhadora passa as fronteiras nacionais. Por isso, é muito importante valorizar o trabalho com a Rede Intencional Sindical. Este é o caráter que devemos e queremos defender para a CSP-Conlutas.

A CSP-Conlutas sem dúvida nenhuma é resultado de uma profunda experiência da classe trabalhadora com suas direções sindicais e seus mecanismos de organização. Possui um caráter altamente democrático, tanto em seu estatuto, como também na garantia de participação de oposições e minorias sindicais, o que favorece o processo de reorganização da classe trabalhadora ao fomentar a organização desses coletivos e a pluralidade de discussões no interior da central. A CSP-Conlutas é uma central independente dos governos e dos patrões e autônoma dos partidos.

Contudo, nos últimos anos, a Central não vem cumprindo o papel de aglutinação dos setores que lutam. E  isso vem ocorrendo porque a direção majoritária mudou a sua política. Se em 2007 a Central foi importante para unir os sindicatos e movimentos com um programa e um plano de lutas, agora a majoritária joga contra a realização de um novo encontro de lutadores. Um grave erro que pode levar a Central ao isolamento.

Por isso que uma das nossas tarefas no 3Congresso da CSP-Conlutas é fortalecer a unidade da classe trabalhadora para lutar em defesa dos nossos direitos.  Convidamos a todas e todos a virem conosco nas assembleias que irão eleger delegadas e delegados a defender esta proposta.

Vamos Nessa!