A tentativa de assassinato contra Donald Trump significativamente fortaleceu sua posição política. É provável que o tiroteio reúna a minoria dos eleitores republicanos que anteriormente estavam preocupados com Trump, bem como energizar e radicalizar sua base. Juntamente com o péssimo desempenho de Biden no debate, isso dramaticamente aumenta um segundo mandato de Trump, com todas as horríveis implicações trazidas para a classe trabalhadora, os imigrantes, as pessoas LGBTI+, as mulheres, o meio ambiente e muito mais.
As motivações do atirador ainda não são conhecidas. Se elas fossem politicamente motivadas por um ódio a Trump, suas ações terrivelmente não sairiam como esperado. Até com as melhores intenções, os métodos terroristas desesperados não servem ao interesse da classe trabalhadora ou dos oprimidos. Ao contrário, elas desmobilizar as massas e criam condições favoráveis para intensificar a repressão estatal.
Os marxistas não têm nada em comum com tais métodos destrutivos. A esquerda não deve de modo algum se associar a este ato desequilibrado ou fazer pouco caso dele. Caso surjam provas conectando o atirador com a esquerda, as consequências não serão um motivo de riso.
O único modo viável de lutar contra Trump – e a extrema-direita populista que ele expressa – é construindo um movimento de massas, democraticamente organizado, multirracial da classe trabalhadora. Não existem atalhos para construir a oposição política a Trump e o sistema capitalista decadente que está gerando o populismo de extrema-direita em um nível internacional. Nossos métodos devem ser baseados na ação coletiva e na auto-organização democrática dos trabalhadores e comunidades marginalizadas.
A sociedade estadunidense está em crise. Em qualquer das alternativas, nossas condições de vida e os direitos democráticos serão alvo de ataques ferozes no próximo período. O único modo de avançar é nos unirmos em organizações de massa e em um novo partido da classe trabalhadora para lutar por uma revolução política contra a classe bilionária.
O capitalismo da ordem estabelecida [establishment] e seus meios de comunicação estão em plena atividade com seus suas habituais convites para deixar a “política” de lado em benefício da “unidade nacional” e combate ao “extremismo”. É claro que esses apelos beneficiam uma agenda política conservadora de perpetuação das coisas como são [status quo]. Enquanto eles provavelmente receberão uma repercussão popular de pessoas comuns por um tempo, a esquerda, especialmente os líderes de esquerda, devem enfrentar esta propaganda conservadora. Embora nos oponhamos aos atos de violência como o tiroteio de 13 de julho, devemos rejeitar inteiramente os apelos à unidade com os republicanos de extrema-direita e os Democratas de Wall Street.
Não esqueçamos que os mesmos políticos da ordem estabelecida de hoje são os que, ao mesmo tempo, fornecem bilhões de dólares em ajuda militar dos Estados Unidos ao estado israelita para o massacre desenfreado de milhares de crianças e civis em Gaza.
Não esqueçamos que os mesmos políticos da ordem estabelecida de hoje são os que, ao mesmo tempo, fornecem bilhões de dólares em ajuda militar dos Estados Unidos ao estado israelita para o massacre desenfreado de milhares de crianças e civis em Gaza.
Fortalecer os movimentos socialistas, trabalhistas e de solidariedade palestina é, agora, ainda mais essencial. Junte-se ao DSA e nos ajude a construir uma alternativa política de massas aos republicanos de extrema-direita e os democratas corporativistas! Isso pode ser expresso em novembro por meio do voto em Jill Stein para registrar o maior protesto de esquerda contra Trump e Biden (ou seu substituto da ordem estabelecida), enquanto taticamente votamos nos 7 a 10 “estados indecisos” para o candidato democrata bloquear Trump – sem nenhum apoio para democratas corporativistas como Biden e com críticas abertas às suas políticas.
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