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BRASIL

Partidos progressistas publicam nota contra juros altos e em defesa do crescimento e da democracia

A nota conjunta é uma importante iniciativa contra os altos juros praticados pelo BC, atualmente presidido pelo bolsonarista Campos Neto, em defesa da CPMI para investigar a arruaça golpista do dia 8 de janeiro e por mudanças no marco fiscal do governo Lula

PSOL, PDT, PSB, PT, PV, PCdoB e Rede

Presidentes de PSOL, Rede, PT, PDT, PSB, PCdoB e PV publicaram nesta quarta-feira (26) uma nota conjunta em que criticam o alto patamar da taxa de juros imposto pelo Banco Central e que prejudica o crescimento econômico do país.

“A continuidade dessa política de juros estratosféricos e da atual direção do Banco Central, arrogante e irresponsável, é um veneno para a economia e para a sociedade brasileira, tão nociva quanto as ameaças à democracia que o Brasil tem enfrentado desde o processo eleitoral”, criticam os representantes dos partidos progressistas com representação no Congresso Nacional.

Os partidos também defendem mudanças no marco fiscal enviado pelo governo federal ao Congresso Nacional, para ajustá-lo “às necessidades do programa eleito nas urnas e à reconstrução do país, enfrentando as pressões que tenham como finalidade inviabilizar os compromissos do governo recém iniciado ou criminalizar sua política econômica”, como diz trecho do texto.

Os partidos também confirmam seu desejo de que a CPMI do Golpe “lance luz sobre os episódios criminosos de 8 de janeiro e toda a cadeia dos fatos que os antecederam, sob o comando de um ex-presidente derrotado pelas urnas, pela democracia e pela história, para que todos sejam responsabilizados”.

Leia abaixo a íntegra da nota aprovada no Fórum dos Partidos Progressistas

CONTRA OS JUROS DO BC, EM DEFESA DO CRESCIMENTO E DA DEMOCRACIA

O Brasil viveu um pesadelo nos últimos quatro anos sob um governo de extrema-direita. Por isso nos unimos numa frente ampla para eleger Lula presidente e garantir um programa capaz de reconstruir o país.

Entre os compromissos firmados com o povo brasileiro estão a retomada das políticas públicas destruídas pelo governo anterior, a ampliação dos investimentos em saúde e educação, a garantia de uma política internacional altiva e independente, o estímulo ao investimento produtivo e a promoção de uma reforma tributária que garanta simplificação e progressividade.

Tais mudanças são incompatíveis com a política monetária legada daquele período nefasto, que impõe ao país a maior taxa de juros reais do planeta, estrangula o crédito, inviabiliza o investimento, condena a economia à recessão e a população ao desemprego e à pobreza.

A continuidade dessa política de juros estratosféricos e da atual direção do Banco Central, arrogante e irresponsável, é um veneno para a economia e para a sociedade brasileira, tão nociva quanto as ameaças à democracia que o Brasil tem enfrentado desde o processo eleitoral.

É neste contexto que nos dispomos a debater as novas regras fiscais encaminhadas pelo governo ao Congresso Nacional, de forma a aperfeiçoá-las às necessidades do programa eleito nas urnas e à reconstrução do país, enfrentando as pressões que tenham como finalidade inviabilizar os compromissos do governo recém iniciado ou criminalizar sua política econômica.

O Teto de Gastos, imposto ao povo brasileiro num momento de crise política e econômica, teve como resultado a ampliação das desigualdades, o estrangulamento das políticas sociais e o desmonte de áreas estratégicas do Estado, sequer cumprindo suas promessas de equilíbrio das contas públicas. Uma nova regra fiscal, portanto, deve levar em conta as necessidades do povo brasileiro e garantir que seja executado o programa que nos levou à vitória nas urnas.

É também neste contexto que nossos partidos irão atuar com firmeza para que a CPMI do Golpe lance luz sobre os episódios criminosos de 8 de janeiro e toda a cadeia dos fatos que os antecederam, sob o comando de um ex-presidente derrotado pelas urnas, pela democracia e pela história, para que todos sejam responsabilizados.

Conclamamos os partidos e forças políticas do campo democrático a caminhar conosco em torno destes objetivos, para que o Brasil volte a crescer e nosso povo possa trabalhar em paz, com justiça social e democracia sempre.

Juliano Medeiros – Presidente do PSOL
André Figueiredo – Presidente em exercício do PDT
Carlos Siqueira – Presidente do PSB
Gleisi Hoffmann – Presidenta do PT
José Luiz Penna – Presidente do PV
Luciana Santos – Presidenta do PCdoB
Wesley Diógenes – Porta-Voz da Rede

Brasília, 26 de abril de 2023