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MUNDO

74 anos da Nakba, a catástrofe palestina

Data lembra o dia 15 de maio de 1948, quando cerca de 80% da população palestina foi expulsa.

Rielda Alves, de São Luis, MA, para a Resistência Feminista

Neste 15 de maio, lembramos os 74 anos de Nakba diante de mais um crime cometido contra o povo palestino. O mundo assistiu ao assassinato da jornalista Shireen Abu Akleh, morta com um tiro na cabeça enquanto trabalhava como jornalista em Jenin, e aos ataques ao seu funeral, expondo a face brutal do estado de Israel contra um povo historicamente violentado pelo sistema de apartheid imposto aos palestinos.

VÍDEO | Ataque ao funeral de Shireen Abu Akleh

Israel domina, desde 1967, todo o território do que foi a Palestina Histórica e submete seus habitantes a graus variados de opressão. A estratégia de Israel ao longo dos 74 anos, desde que impôs seu sistema de colonização e extermínio, tem sido focada em esmagar a resistência palestina por meio da violência permanente e de tentar sufocar as ações de solidariedade e apoio de diversos movimentos pelo mundo a fora, na tentativa de separar a luta pela causa da libertação palestina das lutas políticas.

Nakba, em árabe, significa “catástrofe”, em referência à expulsão de cerca de 80% da população palestina do país. Centenas de milhares de palestinos foram transformados em refugiados e, somados aos seus descendentes, chegam a marca de 13 milhões de pessoas, metade vive sob regime de apartheid israelense e limpeza étnica contínua, em toda parte – desde Gaza, que novamente foi bombardeada durante o Ramadã e enfrenta cerco desumano há 14 anos, até Jerusalém – sob forte ataque, inclusive com ameaça de destruição da Mesquita de Al Aqsa, profanação e violência ao local sagrado por colonos israelenses também durante o Ramadã. A outra metade vive em campos de refugiados nos países árabes ou na diáspora, impedida do legítimo direito de retorno as suas terras. Somente neste ano, fontes palestinas informam que Israel matou cerca de 60 palestinos e palestinas. É um regime de apartheid legalizado.

*Texto publicado originalmente pela Resistência Feminista.