Pesquisa feita pelo instituto PoderData, do portal Poder 360, divulgada nesta quinta-feira, 6, mostra que o trabalho de Jair Bolsonaro é avaliado por 57% dos entrevistados como ruim ou péssimo. O percentual da pesquisa, feita entre os dias 2 e 4 de janeiro, é exatamente o mesmo da feita em 21 de dezembro. Já 24% dos entrevistados avaliam o trabalho do presidente como ótimo/bom e 14% veem como regular.
O resultado parece não mostrar alteração substancial na reprovação do presidente em função da escolha de ignorar as chuvas no Sul da Bahia e manter suas férias em Santa Catarina, com passeios de jet ski. A falta de empatia com o presidente, que passeou de jet ski e nada fez pelos desabrigados, chegou a incomodar aliados e ministros e provocou uma avalanche de críticas nas redes sociais, com a hashtag #BolsonaroVagabundo, desde o final de dezembro. A pesquisa do PoderData, no entanto, não mostrou o impacto deste desgaste entre os entrevistados.
Um aspecto importante da pesquisa é a perda de apoio entre os seus próprios eleitores e entre aqueles que optaram pela abstenção no segundo turno de 2018, opção que permitiu a sua eleição. Entre quem votou em Jair Bolsonaro, 44% avaliam que ele faz um trabalho ótimo ou bom, enquanto 36% já deixaram o apoio, avaliando que o presidente faz um trabalho ruim ou péssimo.
A desaprovação à atuação do presidente é muito maior entre quem se absteve, chegando a 73%, com apenas 2% deste grupo considerando seu trabalho como ótimo ou bom. Como esperado, entre aqueles que votaram em Haddad no segundo turno, 87% reprovam Bolsonaro.
Governo reprovado
Já o governo Bolsonaro é reprovado por 61% dos brasileiros, enquanto 31% dizem que aprovam e 8% não sabem ou não quiseram responder. Como em outras pesquisas, a reprovação maior está entre mulheres (66%), entre quem ganha até dois salários mínimos (66%), entre pessoas entre 25 e 44 anos (68%), na Região Nordeste (70%) e entre pessoas com ensino superior (70%).
A pesquisa foi feita com ligações para telefones celulares e fixos, somando 3.000 entrevistas em 501 municípios, com margem de erro de dois pontos percentuais. Seus resultados são semelhantes ao de outros institutos, com entrevistas presenciais, como o Datafolha, que, em 16 de dezembro, mostrou que 60% dos entrevistados não votariam em Bolsonaro de jeito nenhum, enquanto 22% votariam no atual presidente nas eleições de 2022.
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