Versión en español: El 7 de septiembre, la mayoría tiene que ocupar las calles
A economia do país vai mal, mas a vida do povo vai pior. A escalada da inflação corrói o salário que geralmente não chega no final do mês. Isso quando não se está desempregado — realidade de mais de 14 milhões de brasileiros. Pagar o aluguel ou a conta de luz? Comprar o leite das crianças ou o gás de cozinha? Enquanto as pessoas trabalhadoras lutam pela sobrevivência cada vez mais insatisfeitas com o governo, Bolsonaro convoca seus seguidores fanáticos para uma mobilização, no dia 07 de setembro, a favor de um golpe. É preciso dar um basta nesse governo da destruição e morte. Vamos às ruas dia 07 de setembro, em manifestações pacíficas, demonstrar que a maioria do povo brasileiro é pelo Fora Bolsonaro e contra qualquer golpismo.
O objetivo de Jair Bolsonaro é mobilizar sua tropa fascista no dia 07 de setembro para amedrontar o país. Quer demonstrar força em um momento de fraqueza. Sabe que o PIB está minguando, com perspectivas cada vez piores. Sabe que a inflação está disparando, produzindo mal estar social crescente. Tem consciência de que o desemprego vai seguir alto, mantendo a insatisfação popular acesa. Tem medo dos sete inquéritos abertos no STF e TSE contra ele e seus apoiadores. Receia que um dos seus filhos seja preso a qualquer momento. Tem consciência dos seus crimes na pandemia e teme a CPI da Covid. Sabe que Lula está aumentando a vantagem nas pesquisas e que sua popularidade mantém-se em queda. Tem noção de que a grande burguesia está cada vez mais insatisfeita e impaciente com seu governo. É consciente de que os aliados de hoje do Centrão podem, amanhã, pular do barco.
Diante da adversidade, Bolsonaro libera seu instinto fascista. Sabe que tem um legião considerável de seguidores que são capazes de comer capim por ele. É consciente de que tem relevante influência entre militares e policiais. Sabe que há, empresários bolsonaristas, muitos deles ligados a atividades criminosas, sempre dispostos a ajudá-lo. Tem consciência de que uma parcela da classe média ainda o segue. Tem noção de que essa tropa fascista quando mobilizada intimida seus adversários e inimigos. Por isso, joga todo peso na convocação do dia 07 de setembro. Com isso, Bolsonaro pretende preservar seu governo e chegar em posição de força para a disputa eleitoral de 2022. Se não tiver condições de vencer no voto, vai tentar se manter no poder pela força, melando as eleições. Bolsonaro se enfraqueceu, mas ainda não foi derrotado. A tarefa é esmagá-lo.
A esquerda e os movimentos sociais não podem vacilar. É correta a posição da Campanha Fora Bolsonaro que está convocando os atos para 07 de setembro, terça que vem. Será um novo dia de luta convocado de forma unitária pela campanha, iniciativa importante de frente única, que tem sido fundamental para retomarmos as ruas do país. Não queremos enfrentamento com os bolsonaristas, de modo algum. Os atos da esquerda serão pacíficos e em lugares diferentes dos fascistas. Mas não podemos renunciar às ruas, deixando se intimidar pelas ameaças de Bolsonaro. É isso que ele quer: que tenhamos medo de nos manifestar, medo de lutar. Vamos às ruas no 07 de setembro — de forma organizada e pacífica e sem aceitar provocações — mostrar que a maioria do povo brasileiro estará representada nas bandeiras do Fora Bolsonaro.
Nesse sentido, cabe uma crítica à principal liderança popular e de esquerda do país. Lula não convocar nem ir às manifestações de rua pelo Fora Bolsonaro é um equívoco tático grave, pelos menos por dois motivos principais: (1) subestima o perigo do fascismo. O bolsonarismo já deixou claro que, se tiver forças, vai tentar impedir pela força o resultado eleitoral que não seja a vitória de Bolsonaro. (2) Enquanto Bolsonaro convoca seu seguidores à mobilização e estará presente no dia 07, o que também faz Doria em relação ao ato do MBL no dia 12, Lula não parece buscar apenas mais votos para 2022, deixando em segundo plano a luta de massas. Isso leva ao perigo de que Bolsonaro, apesar de ser uma minoria cada vez mais isolada na sociedade, apareça com considerável força nas ruas, transmitindo uma imagem invertida da relação de forças real na sociedade.
Ainda há tempo de Lula mudar de posição e convocar e participar das manifestações democráticas de 07 de setembro pelo Fora Bolsonaro. Seria de enorme importância que ele o fizesse. Nesse momento perigoso da história brasileira, nos orgulha a posição do PSOL e de Guilherme Boulos de convocar, com responsabilidade, os atos pacíficos da esquerda no dia 07 de setembro. Fora Bolsonaro! Ditadura nunca mais!
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