Segundo reportagem da revista Veja, a viúva do miliciano Adriano da Nóbrega, Julia Mello Lotufo, que negocia uma delação premiada com o Ministério Público do Rio de Janeiro, apontou aos procuradores que sabe quem foi o mandante da execução da vereadora Marielle Franco e do seu motorista Anderson Silva.
Julia, que está em prisão domiciliar, propôs cooperar com os procuradores, na tentativa de obter um acordo de delação premiada com o Ministério Público do Rio de Janeiro. O Ministério público ainda não se posicionou se aceitará a delação.
Segundo a Veja, Julia teria detalhado a participação de Adriano em uma dezena de homicídios encomendados pela contravenção, inclusive citando agentes públicos que receberam propina para acobertar crimes.
A viúva afirma que Adriano não participou do assassinato da Vereadora, contudo, revelou saber que milicianos de Gardênia Azul estariam por trás do crime, tendo chegado a procurar Adriano da Nóbrega para articular o crime, que, segundo Julia, teria considerado a ideia arriscada demais e se negado a participar.
Segundo a viúva, o motivo seria a atuação parlamentar de Marielle, que estaria colocando em risco operações milicianas em Gardênia Azul e Rio das Pedras.
O ex-vereador Cristiano Girão seria um dos chefes da milícia em Gardênia Azul, segundo informações da revista Veja.
Assim como o ex-PM Ronnie Lessa, preso pela participação no assassinato da vereadora, Girão está na mira da Polícia Civil e do MP desde setembro do ano passado, quando foi realizado mandato de busca e apreensão na casa do ex-vereador.
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