O 19J é mais um dia histórico na luta contra Bolsonaro e seu genocídio conduzido durante a pandemia. Como é típico de dias históricos, importantes personalidades da classe artística brasileira estiveram presentes nas manifestações.
Aniversariante do dia, o músico Chico Buarque foi à manifestação no Rio de Janeiro. Ele é considerado um símbolo da resistência artística contra a Ditadura Militar (1964-1985) e constantemente se posiciona contra o governo Bolsonaro. Esteve, com outros artistas, em um cordão, à frente da Passeata dos Cem Mil, em 26 junho de 1968, na Avenida Rio Branco.
Dada, Paulo e Samantha. Reprodução Instagram
Também compareceram Dadá Coelho, seu marido Paulo Betti, e a atriz Samantha Schmütz, também são conhecidos nas redes sociais por seus posicionamentos políticos. Samantha tem feito declarações contra o governo e o negacionismo, responsabilizando-os, com razão, pela perda do ator e parceiro de palco Paulo Gustavo, que não havia sido vacinado. A atriz participou com uma bandeira com as cores do movimento LGBT, que tem o mês de junho como data de orgulho, por conta da revolta de Stonewall.
Esse é o teatro necessário neste momento, urgente.
Paulo Betti, recentemente, ao tomar a vacina, fez declarações contra o governo genocida que repercutiram nas redes sociais. Em depoimento ao EOL, ele afirmou: “Esse é o teatro necessário neste momento, urgente. Dizem que o teatro é o lugar onde se vê e onde é visto. Então, este é o lugar, na Avenida Presidente Vargas, que é emblemático. Estamos aqui contra tudo o que está acontecendo. Fora Bolsonaro!”
A importância simbólica da presença desses artistas – e de tantos outros – nas manifestações é enorme. Tal como foram as manifestações democráticas no final da ditadura, a classe artística tem grande capacidade de dialogar com a população e trazer simbolismos importantes aos atos contra Bolsonaro. No dia de hoje, as manifestações do 19J estão se mostrando poderosas, e a presença desses artistas é peça fundamental para aumentar sua força e enfrentar o bolsonarismo nas ruas. Não por acaso, os artistas têm sido um alvo preferencial do bolsonarismo, com fake news, com o objetivo de evitar que sejam ouvidos.
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