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BRASIL

Números da Pandemia: Crescimento do número de mortes no mundo (06/04 – 20/04)

Sistematização: Gilberto Calil

O quadro reúne os dados dos 15 países com mais de 1.000 mortes registradas, e mais a Coréia do Sul, que já esteve entre os países com maior número de mortes e hoje é o 32º. O cálculo do ritmo de expansão é feito pelo número de mortos, já que o patamar de subnotificação dos casos no Brasil inviabiliza qualquer comparação que considere a evolução do número total de casos.

O ritmo de crescimento no mundo (considerando sempre a variação em 14 dias) vem diminuindo de forma consistente. Há duas semanas era de 4.43 vezes, há uma semana era de 3.31 vezes e agora está em 2.22. Todos os países considerados no quadro tiveram diminuição no índice em relação ao cálculo de dois dias atrás. Canadá e Brasil tem a pior situação, com um ritmo de crescimento mais de duas vezes superior à média mundial. Os Estados Unidos seguem com o maior número de mortes e de novos casos, em números absolutos, mantendo a média de um terço dos novos casos.

O número de testes realizados no Brasil foi atualizado, passando a 1.373 por milhão. Ainda assim é um índice baixíssimo, mesmo em comparação com os países que menos testam no grupo: o Irã fez 3.3 vezes mais testes, e a França 2.3 vezes. Já países como Alemanha, Itália e Suíça testaram proporcionalmente entre 15 e 20 vezes mais que o Brasil. O ritmo de crescimento do número de mortes no Brasil, a despeito da enorme subnotificação e da demora nos resultados dos exames, segue elevadíssimo. Nos últimos dias o índice vem diminuindo (6.02 há quatro dias, 5.31 há dois e 4.59 agora), mas esta diminuição expressa a situação do contágio há duas ou três semanas, quando o grau de isolamento social era maior, havendo a possibilidade de novo incremento nos próximos dias. Se por hipótese considerarmos que este ritmo se mantenha-se o mesmo (4.59 vezes em 14 dias), o número de mortes no Brasil atingiria 11.874 em 4/5, 54.503 em 14/5 e 250.069 em 1.6. Não se trata de uma previsão, mas de uma indicação do que ocorreria caso o ritmo não diminua de forma expressiva.

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