Enganam-se aqueles que acham que o governo vai aprovar a Reforma Administrativa e não terá resistência.
O governo sentiu a pressão… após a fala de Guedes, que chamou o funcionalismo de “parasitas”, e da mobilização das entidades do funcionalismo, que estão essa semana fazendo várias atividades em Brasília. Como também com a forte adesão na construção do dia 18/03 como paralisação nacional dos servidores públicos.
Nesse momento nem o Executivo e nem o Legislativo querem assumir a paternidade da Reforma Administrativa. E o cenário está turvo para o ministro da Economia para ter sucesso em curto prazo. Resolveram, então, adiar a reforma.
Mas para nada isso significa desmobilização. A PEC Emergencial já está no Congresso desde o final do ano passado. Ela corta 25% dos salários do funcionalismo das três esferas e ataca os fundos públicos, consequentemente afeta os serviços públicos. Ainda que o clima para aprová-la também tenha ficado mais difícil, o governo vai agora esperar melhorar o ambiente para ir pra ofensiva novamente.
Isso significa que não devemos queimar a largada, é importante ficarmos de prontidão e mobilização permanente. Ao mesmo tempo, devemos priorizar ações unitárias de todo o funcionalismo. E caso a reforma entre em votação no Congresso, a única resposta possível para derrotar o governo é uma greve unificada de todo o funcionalismo.
A tarefa central agora é seguir fazendo forte agitação em defesa dos serviços públicos, apoiar a greve dos petroleiros, dialogar com a população sobre as consequências desses ataques e preparar uma forte paralisação com grande mobilização de rua no dia 18/03.
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