Servidores públicos em greve realizam protesto em Belém


Publicado em: 4 de abril de 2024

Movimento

Will Mota, de Belém, (PA)

Esquerda Online

Esse post foi criado pelo Esquerda Online.

Movimento

Will Mota, de Belém, (PA)

Esquerda Online

Esse post foi criado pelo Esquerda Online.

Compartilhe:

Ouça agora a Notícia:

Cerca de 300 servidores públicos e estudantes participaram nesta quarta-feira (03), em frente ao Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará (IFPA), em Belém, do Dia Nacional de Luta em defesa dos serviços públicos, convocado pelo Fórum Nacional de Entidades dos Servidores Federais.

A manifestação em Belém foi articulada pelos trabalhadores em greve da UFPA e UFRA desde o dia 11 de março, em conjunto com os professores e técnicos do IFPA que iniciaram sua greve hoje, entidades sindicais dos docentes da UFPA e UEPA, além dos servidores municipais, que também estão em greve desde o dia 26 de março, e segmentos do funcionalismo estaduais em mobilização contra a política de arrocho do governo do Estado. Técnicos da UFOPA e UNIFESSPA também estão em greve desde o dia 11 de março e articularam manifestações em Santarém e Marabá.

A realidade de desvalorização, péssimas condições de trabalho e perdas salarias propiciou a construção dessa importante unidade entre diferentes categorias do funcionalismo público das 3 esferas de governo. “É fundamental que o movimento ganhe o apoio da sociedade para que os governos atendam a pauta de reivindicações dos servidores, pois essa pauta não é uma pauta corporativa, mas uma pauta que busca melhorias no atendimento da sociedade, mais verbas e melhores condições de atendimento ao público em todas as esferas (Educação, saúde, assistência social, etc.). Não admitimos que haja dinheiro para o centrão, para os bancos, mas não tenha recursos para repor as perdas de quem garante o funcionamento da máquina pública no país, como os hospitais, universidades e institutos federais”, afirmou Tais Ranieri, do comando de greve dos Técnico-Administrativos da UFPA.

Situação mais delicada ainda vivem os servidores municipais em greve, pois a grande parte da categoria recebe R$ 1007,00 de salário base, abaixo do mínimo. E a proposta de reajuste da Prefeitura de Belém é de 3,62%, o que dá cerca de R$ 37,00 reais de aumento, insuficiente para comprar 1 litro de açaí. Além disso, a prefeitura de Belém não propôs nenhum centavo de reajuste no auxílio-alimentação, que hoje é de apenas R$ 370,00 reais. “Um governo que nós ajudamos a eleger nós temos não só o direito de cobrar, mas o dever de cobrar para que cumpra suas promessas de campanha, sob pena de desmoralização dos movimentos sociais e fortalecimento da extrema-direita fascista”, afirma Josyanne Quemel, do comando de greve dos servidores municipais.

Outra data unificada de paralisações e protestos será articulada com a perspectiva de ampliação do movimento de greve até que os governos atendam as legítimas cobranças do funcionalismo público.


Contribua com a Esquerda Online

Faça a sua contribuição