Esta quinta-feira, 25 de julho, Dia Internacional da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha, será marcada por marchas em três capitais, além de atividades em diversas cidades e nos demais países. A data foi marcada internacionalmente após o 1º Encontro de Mulheres Afro-latino-americanas e Afro-caribenhas, que aconteceu em 1922, em Santo Domingo, na República Dominicana. No Brasil, o dia 25 também é o dia nacional de Tereza de Benguela e da mulher negra.
Esta é a primeira vez que a marcha se realiza sob o governo Bolsonaro, cujos seis primeiros meses foram marcados pelo aumento da violência policial contra a população negra nas comunidades e favelas, pela retirada de direitos, entre outros retrocessos que atingem as mulheres negras.
As marchas provocam uma reflexão sobre a invisibilidade das mulheres negras que têm suas vidas cotidianamente marcadas não apenas pelo machismo, mas pelo racismo. Um exemplo desta relação entre raça e classe foi revelado pelo Atlas da Violência, do IPEA. Enquanto a taxa de homicídio teve aumento de 29,9% para mulheres negras, entre 2007 e 2017, a mesma taxa subiu apenas 1,6% para mulheres não negras. Portanto, neste dia 25 e ao longo de todo o mês de julho, as mulheres negras estarão nas ruas, contra o machismo, o racismo e os retrocessos do governo Bolsonaro.
Confira os locais dos atos:
São Paulo (SP)
Quinta, 25, 17h30
Concentração: Praça da República
Salvador (BA)
Quinta, 25, 13h
Concentração: Praça da Piedade.
Belém (PA)
Quinta, 25, 16h
Concentração: Avenida Rio Tucunduba, do bairro Guamá.
Rio de Janeiro (RJ)
Domingo, 28, 10h
Concentração: Posto 4 – Copacabana
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