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Contra os ataques do governo Wellington Dias (PT), construir uma Greve forte em defesa da UESPI pública, gratuita e de qualidade!

Por Gisvaldo Oliveira da Silva

A Universidade Estadual do Piauí (UESPI) é a maior instituição pública de ensino superior do estado. Conta hoje com doze Campi distribuídos entre a Capital e o interior. Milhares de estudantes pobres enxergam na UESPI a possibilidade de concretizar o sonho de cursar o ensino superior. Sonho constantemente ameaçado pelos ataques promovidos pelo governo atual e por seus antecessores. Todos, sem exceção, adotaram políticas que levaram ao precário funcionamento da UESPI. Podemos dizer, sem medo de errar, que a UESPI se mantém de pé graças à histórica capacidade de luta e resistência demonstrada por professores, estudantes, técnico-administrativos e trabalhadores/as terceirizados/as.

A política de “arrocho econômico” do governo Wellington Dias, acompanhada de uma reforma administrativa que reduz os já minguados recursos destinados a UESPI, tem contribuído para agravar o quadro de agonia da instituição. Os problemas que a comunidade universitária vivencia atualmente são inúmeros e gritantes: quase trezentas disciplinas sem professor e nenhuma previsão de convocação de professores classificados e de abertura de editais para concurso público; congelamento dos salários, progressões e promoções funcionais de docentes e servidores/as (as perdas salariais dos docentes passam de 33%); suspensão das monitorias remuneradas, bolsa trabalho e auxílio moradia para os alunos, ameaça de cancelamento de editais de bolsas de pesquisa e extensão; ausência de laboratórios (os poucos que existem funcionam precariamente e, em geral, não contam com nenhum servidor); falta de recursos para a compra de material expediente; falta de combustível, inviabilizando o transporte para aulas de campo;  atraso de pagamento dos salários de servidores/as terceirizados/as (mais de três meses de atraso salarial).

Como se pode observar, um quadro de profunda precarização que só poderá ser revertido com muita luta. Nesse sentido, ampliar o trabalho de mobilização deve ser uma tarefa prioritária do movimento docente. É necessário unir esforços com toda a comunidade universitária para fortalecer a luta por melhores salários, condições de trabalho e estudo, por mais verbas e autonomia financeira para a UESPI.

Vale ressaltar que a categoria docente já estava em estado de greve e desde novembro de 2018 buscava discutir com o governo sua pauta de reivindicações. Infelizmente Wellington Dias optou pela via da tirania e recusou-se a abrir um canal de negociação. Frente ao descaso do governo, a greve tornou-se inevitável. Por isso, nós docentes da UESPI paralisamos mais uma vez nossas atividades. O sentido de nossa Greve é a defesa da universidade pública, gratuita e socialmente referenciada. É isso que está em jogo.

SE MUITO VALE O JÁ FEITO, MAIS VALE O QUE SERÁ”. VAMOS À LUTA!!!

*Professor de História da UESPI

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Piauí