Quem com whatsapp fere com zap zap será ferido…

Por: Divina Sá, de Brasília, DF
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Vazamento de bate boca e tretas do grupo de Whatsapp da bancada do PSL expressa que há uma briga de foice que envolve intrigas inúteis ao invés de resolver os problemas de um país em crise e disputa selvagem pelo poder na ante sala de um governo Bolsonaro. Em uma semana a equipe de transição ligou bombas relógios contra si mesmos que preocupa toda a aliança.
Bomba número 1.
ONYX está sobre aviso de General Mourão após PGR denunciar e STF aceitar investigação… “Se tiver algo consistente, Onyx tem que deixar o governo”, diz o General Vice do Capitão. Como se não bastasse o vídeo que rola pelas redes com Onyx confessando o caixa 2…
Bomba número 2
Ministério Publico descobre movimentação financeira totalmente suspeita de assessor de Eduardo Bolsonaro, foram milhões no qual parte teria sido repassado inclusive para a própria esposa do futuro presidente do país.
Bomba número 3
Vaza uma feroz disputa entre Eduardo Bolsonaro e Joyce Hasselmann pela liderança da bancada, que demonstra também que a família Bolsonaro tenta tramar contra Rodrigo Maia que ao mesmo tempo faz chantagem com a votação de pautas bombas, veja trechos da treta denunciado pelo jornal O Globo:
EDUARDO BOLSONARO diz:
“Joice, sua fama já não é das melhores. A continuar assim vai chegar com fama ainda maior de louca no Congresso. Favor não confundir humildade com subordinação. Liderança é algo automático, não imposto”, disse, em uma segunda mensagem.
JOYCE RASSELMANN rebate:
“Eduardo, não admito nem te dou liberdade para falar assim comigo, ou escrever algo nesse tom. Não te dei liberdade pessoal nenhuma, portanto, ponha-se no seu lugar. Minhas discussões aqui são políticas e não pessoais. Se formos discutir a questão ‘fama’, a coisa vai longe. Então não envergonhe o que seu pai criou.”
EDUARDO TRAMA CONTRA MAIA:
“Como o PSL está fora das articulações estou fazendo o quê aqui agora com o líder do PR?”, questiona Eduardo, negando que o partido esteja alheio às negociações de outras siglas para formar um “blocão” e tentar isolá-lo na próxima legislatura. “Ocorre que eu não preciso nem posso ficar falando aos quatro cantos o que ando fazendo por ordem do presidente [Bolsonaro]. Se eu botar a cara publicamente o (Rodrigo) Maia vai acelerar as pautas-bombas no futuro governo.”
Bomba número 4
Ministério Público descobre que família de Olavo de Carvalho sem necessidade se inscreveu no programa Bolsa Família. Gerando constrangimento para Bolsonaro que recentemente tinha anunciado que criaria o décimo terceiro para o benefício através da descoberta de irregularidades no próprio programa.
Bomba número 5
Após desmontar o Ministério do Trabalho, Bolsonaro declara que é ruim ser patrão no Brasil, e deixa escapar o verdadeiro objetivo de seu governo que é governar para os ricos.
Bomba número 6
Magno Malta retorna do isolamento porejando ressentimento, diz que seu compromisso com Bolsonaro terminou no dia 28 de outubro e vê sua assessora ser nomeada para ministra dos Direitos Humanos declarando que “a igreja tem que governar”…
O governo nem começou e as tretas já são muitas, e preocupa principalmente porque o país enfrenta um cenário de pessimismo econômico sem data para acabar, milhões de pessoas na extrema pobreza e uma enorme expectativa popular que Bolsonaro consiga mesmo fazer a diferença e responder as demandas mais sentidas de uma sociedade castigada pela crise social.
Não podemos nos precipitar e nos impressionar com as várias crises que se desenvolvem na aliança que ganhou a eleição, antes mesmo da posse. Tudo isso pode ser contornado, tanto a equipe de Bolsonaro como os próprios aliados das forças armadas e Sergio Moro podem atuar para amenizar denuncias e enquadrar setores do futuro governo que estão fora de controle. Aliás, essa movimentação certamente será feita… A capacidade de governar e dissipar crises está sendo colocada a prova nesse momento no qual Bolsonaro tenta colocar de pé um governo que tem a responsabilidade de manter satisfeita uma base social de 57 milhões de eleitores.
Talvez Mourão deva ficar pensativo nesse final de semana que se aproxima, deve passar pela sua cabeça todas as possibilidades. Inclusive a não tão absurda situação de garantir, seja como for, que o golpe não sofra nenhum tipo de retrocesso, ainda que tenha que dar um golpe dentro do golpe.
É preciso estar atento e forte, não temos tempo de temer a morte…