Hong Kong foi colônia britânica desde o final da Primeira Guerra do Ópio, em 1842, quando os ingleses obrigaram a China a importar ópio da Índia, então também em posse dos ingleses, para aumentar suas receitas. Em 1997, como prova do apoio ao irreversível processo de restauração capitalista, Hong Kong foi devolvida à China, tendo adotado o status de Região Autônoma, com o acordo de manter suas instituições, particularmente alguns direitos democráticos formais, inexistentes na China Continental. O Conselho Legislativo que dirige a Região Autônoma tem um complicado sistema eleitoral em que a metade dos seus 70 membros é eleita diretamente e a outra metade, de forma indireta, dando peso às associações empresariais. Mesmo assim, em 2014, o governo de Beijing insistiu em ter o poder de vetar a inscrição eleitoral de algum dos três candidatos membros do Conselho à chefia do governo local, o que tornava sem sentido a eleição direta ao cargo. Grandes mobilizações populares se insurgiram contra esse direito de veto vindo da capital, no que se denominou como “revolução dos guarda-chuvas”.Pela disparidade de forças e a falta de apoio no continente o movimento foi derrotado e o governo central tem procurado apertar o cerco aos que insistem em seguir a luta. É o caso de vários membros eleitos ao Conselho Legislativo que foram presos. De Hong Kong nos chega o apelo à solidariedade. (Editoria Internacional)
Foto de abertura: Coletiva de imprensa em Hong Kong contra a repressão. Crédito: CWI
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