Por: Nericilda, de Fortaleza, CE
O dia nacional de mobilização e paralisações contra a PEC 55 que será votada no Senado no próximo dia 28, foi marcado por fortes protestos que paralisaram o trânsito e fecharam as portas do comércio no Centro da capital cearense.
Dois atos tinham sido marcados. Um deles, organizado pela CUT com concentração na Praça do Carmo, reuniu mais as centrais sindicais, trabalhadores do comércio e os da educação da rede municipal. O outro ato saiu da Praça da Bandeira em direção ao Centro e estava convocado pela Frente Povo Sem Medo, os trabalhadores em educação da universidade federal do Ceará e do Instituto federal, os servidores da UFC em greve, o MTST e as 29 ocupações estudantis que ocorrem há mais de uma semana na UFC.
Ainda que com trajetos diferentes, ambos os atos tiveram como eixo a luta contra a PEC 55, a Reforma da Previdência, a Medida Provisória de Reforma do Ensino Médio e o ajuste fiscal do governo Temer-Meirelles de conjunto. O ponto alto da mobilização foi quando os dois atos se encontraram e seguiram juntos até o encerramento na Praça do Ferreira.
Uma forte presença da juventude e das ocupações universitárias foi o diferencial desse ato. A Universidade Federal do Ceará após uma assembleia estudantil de mais de 1700 presentes, está tomada por ocupações que crescem a cada dia e recebem um forte apoio da população. Esse setor já iniciou a organização da caravana a Brasília contra a PEC.
A vitoria da mobilização fortaleceu o clima de unidade para dar continuidade à jornada de lutas nacional contra a PEC e o governo Temer no próximo dia 25. A CUT, CTB, CSP-Conlutas, Frente Povo Sem Medo, Frente Brasil Popular anunciaram, no encerramento do ato, uma reunião unificada para construir a paralisação do 25 de novembro. Se isso se confirma, veremos em Fortaleza os setores pesados da classe trabalhadora como construção civil, petroleiros e professores em unidade com os estudantes e suas ocupações. Parece que a luta cresce!
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