Assembleia histórica na UFC aprova greve estudantil e ocupação
Publicado em: 4 de novembro de 2016
Por Artemis Martins, de Fortaleza(CE)
Nesta quinta, em uma assembleia com cerca de dois mil estudantes presentes, foi deliberada a greve estudantil da Universidade Federal do Ceará e a ocupação dos diversos centros e departamentos. Um ajuntamento acalorado e carregado de indignação por todos os ataques que a maioria da população brasileira tem sofrido.
Ainda hoje, após alguns dias de atividades construtivas, foi declarada a ocupação da Faced, também em uma histórica assembleia unificada da graduação e da pós-graduação, que reuniu quase cem estudantes.
Racionalmente pessimistas, contudo, dotados de uma vontade cheia de otimismo, trouxemos à público aquilo que nos move: a urgência de lutarmos contra a perversidade de um governo golpista, que opera para retirar de estudantes e trabalhadores os direitos sociais conquistados por meio de históricas e exaustivas lutas, como a educação, saúde e os marcos já tão mínimos da CLT.
Está claro que a grande mídia e o judiciário trabalharão para desmoralizar e incriminar o levante do movimento estudantil como tem feito com as greves do serviço público e dos movimentos sociais. Especialmente no fim de semana que antecede o Enem, as medidas tomadas pelo governo somente reforçam seu objetivo de silenciar e fragmentar a classe ao colocar os candidatos contra os ocupantes. Ou mesmo atribuindo a estes a responsabilidade do impedimento àqueles. No entanto, estamos convictos de que há inúmeras possibilidades para a aplicação da avaliação.
Todo o esforço do governo Temer se passa em legitimar a ideia de que o colapso econômico se passa na esfera estatal, quando na verdade se trata de uma crise estrutural do setor privado – inerente ao próprio capitalismo. Em outras palavras, estão tirando do povo os recursos para investimentos sociais a fim de apaziguar a crise dos ricos. E querem nos convencer de que é o necessário, o melhor para todos.
Se os estudantes, professores e servidores ocupam os espaços de escolas e de universidades, se causam transtornos ou incômodo, a culpa não lhes é devida. Que fique bem dito quem são os verdadeiros criminosos: governantes e aproveitadores que obrigam seu povo a arrancarem de volta o que lhes pertence, desde sempre, por direito. Essa crise não é nossa e não vamos pagar por ela.
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