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Jornal de Campinas discute ‘novos’ gêneros

Travesti Socialista

Travesti socialista que adora debates polêmicos, programação e encher o saco de quem discorda (sem gulags nem paredões pelo amor de Inanna). Faz debates sobre feminismo, diversidade de gênero, cultura e outros assuntos. Confira o canal no Youtube.

Por: Travesti Socialista, colunista do Esquerda Online

O Correio Popular, jornal de maior circulação de Campinas, SP, publicou uma matéria neste domingo, dia 9 de abril, com o título “‘Novos’ gêneros saem das sombras”. Apesar do conservadorismo típico do jornal, a jornalista Inaê Miranda cavou um pequeno espaço para dar visibilidade a pessoas que são invisíveis na nossa sociedade: as pessoas de gênero não-binário.

Para fazer a matéria, Inaê me entrevistou por telefone, mas também pode-se ver que ela fez uma boa pesquisa. Apesar dos pequenos erros e da matéria ser curta, ela é muito progressista e contribui muito para levar o debate de gênero para a cidade de Campinas de maneira positiva.

Um dos equívocos a que se pode chegar é que o termo “travesti” estaria em desuso aqui no Brasil. Inaê consultou o “Centro de Equidade de Gênero da Universidade da Califórnia em Berkeley” para apresentar os conceitos de cross-dresser, travesti e genderqueer. É verdade que, nos Estados Unidos e na Europa, o termo transvestite caiu em desuso por ser considerado inadequado, mas na América Latina, o conceito travesti tornou-se uma identidade própria, feminina, e não significa a mesma coisa que cross-dresser.

Outro equívoco é a definição de hijras como “os travestis, transexuais e eunucos na Índia” (sic), quando, na verdade, trata-se também de outra identidade feminina, como as travestis na América Latina, com a diferença que muitas das hijras se castram em cirurgias caseiras. Existem outras identidades de gênero também na Índia, embora a hijra seja a que, de longe, ganha mais destaque. Apesar de serem consideradas sagradas por parte da população, as hijras são constantemente vítimas de violência, em particular por parte da polícia, por serem hijras e por serem pedintes ou prostitutas.

Leia a matéria completa no site do Correio Popular.