Professoras, professores, estudantes e profissionais da educação compareceram na Câmara Municipal de Feira de Santana (BA) na manhã da última quinta-feira (31), em manifestação para pedir apoio aos vereadores na tentativa de serem atendidos pela prefeitura da cidade, com o objetivo de dialogar sobre as dificuldades e transtornos que assolam as comunidades escolares municipais.
Em apoio a manifestação, diversos vereadores se dirigiram ao prédio da Prefeitura, considerando que o prefeito Colbert Martins ignora completamente qualquer solicitação de reunião. Ao chegarem ao prédio, manifestantes e até jornalistas foram brutalmente agredidos pela Guarda Municipal a mando do prefeito, bem como atingidos por spray de pimenta, que foi utilizado contra todos os presentes, sem distinção.
Sob ordens de Colbert Martins, a Guarda trancou as portas da prefeitura com professores e estudantes dentro do local, assim como o vereador do PSOL Jhonatas Monteiro e outros membros de seu mandato, impedindo a saída de todos do espaço até o fim da tarde.
A prefeitura assumiu o covarde papel de agredir e tentar impor a qualquer custo seu modo de gestão deficitário e insuficiente com a educação da cidade, ignorando as reivindicações que impedem o prosseguimento regular do ano letivo.
No final da tarde, a saída do prédio foi liberada, mas os manifestantes decidiram seguir em ocupação, na tentativa de garantir uma audiência com o prefeito. Já durante a noite, após a energia do prédio ter sido cortada e a polícia ter sido chamada ao local, a Guarda Municipal entrou no prédio e agrediu professoras, danificou paredes, atirou cadeiras e usou spray de pimenta mais uma vez, protagonizando um cenário de guerra que foi transmitido ao vivo no perfil de Instagram do mandato de Jhonatas Monteiro.
A manifestação foi a mais recente tentativa de negociação do professorado, dessa vez diretamente com o prefeito. Mas além de não atender a categoria, ele ordenou as ações violentas, jogando mais gasolina na fogueira da educação pública de Feira de Santana, em clara decadência.
Ainda na ocupação durante a noite, Jhonatas teve um momento de negociação por telefone com o Secretário de Prevenção à Violência, Moacir Lima dos Santos, na tentativa de garantir a integridade física dos manifestantes diante das ações da Guarda, que resultou na garantia de que ela não entraria mais no prédio.
A ocupação na Prefeitura segue, e uma vigília foi organizada em frente ao local. Professores, estudantes, militantes de organizações políticas e simpatizantes da causa estão se somando a essa iniciativa, não apenas como demonstração de apoio para quem segue na ocupação, mas também como forma de garantir coibir novos episódios de violência.
O PSOL Feira e o vereador Jhonatas Monteiro seguem em luta pela educação pública de qualidade, e ao lado das professoras, professores e estudantes, que são quem mais sofrem com a postura criminosa daquele que se diz prefeito do município.
Comentários