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OPRESSÕES

PSOL vai à Justiça contra o Solidariedade por uso de candidatura laranja em São José dos Campos

Manuela Moraes, de São José dos Campos, SP
foto de uma mulher com camisa preta com letras brancas, onde se lê: "Respeita as minas"
Divulgação

A professora e ativista feminista Jéssica Marques (PSOL), a sexta candidata mais votada, com 5.167 votos, ficaria com a vaga na Câmara

O PSOL de São José dos Campos (SP) está pedindo na Justiça a impugnação da chapa do Solidariedade nas eleições de 2020, por uso de candidatura laranja e descumprimento da cota de gênero.

Após o registro na Justiça Eleitoral das 27 candidaturas, sendo 18 homens (66%) e 9 mulheres (33%), houve renúncia de uma candidata. Como o Solidariedade não fez a substituição da candidatura feminina, como exige a legislação eleitoral, a chapa deixou de cumprir a cota mínima de mulheres, de 30%, em flagrante desrespeito à lei que visa garantir maior inclusão feminina na política.

A primeira audiência sobre o caso acontece na próxima terça-feira (8). Se a chapa do Solidariedade for cassada e seus votos anulados, o partido perderá seu único mandato na Câmara, o de Fabião Zagueiro, eleito com 4.370 votos e base de apoio do prefeito Felicio Ramuth (PSD). Ficaria com a vaga a professora e ativista feminista Jéssica Marques (PSOL), que foi a sexta candidata mais votada do pleito, com 5.167 votos.

Caso semelhante acontece em Belém (PA), onde a candidatura coletiva “Bancada Mulheres Amazônidas”, do PSOL, denunciou na Justiça Eleitoral o uso de candidatura laranja pelo Avante. Em audiência em outubro de 2021, o relator do processo deu parecer favorável ao pedido, apontando a existência de fraude contra a cota de gênero.

Brasil afora, a cada eleição surgem denúncias do uso de candidaturas laranja de mulheres, por partidos com pouca representação feminina, para burlar a legislação. Essas candidaturas acabam servindo apenas para desviar verbas do fundo eleitoral, sendo instrumentalizadas em benefício de outros.

A Justiça precisa reparar essa injustiça! Mulher não é laranja, basta de fraude na cota de gênero!

 

Assista o vídeo: