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BRASIL

Bancada Mulheres Amazônidas (PSOL) tem parecer favorável em audiência sobre candidaturas laranjas

da redação
Gizelle Freitas/Arquivo pessoal

A eleição de 2020 em Belém do Pará está sendo marcada por denúncias de fraude, contra partidos que teriam registrado candidaturas de mulheres apenas para compor a cota exigida pela Justiça Eleitoral, como “laranjas”, sem que a campanha de fato ocorresse. O recurso teria sido usado em várias partes do país, por partidos com pouca representação feminina, para burlar a legislação do TSE, que determinou a partir do ano passado, o mínimo de 30% de candidaturas de mulheres.

Em Belém, a candidatura coletiva “Bancada Mulheres Amazônidas”, do PSOL, denunciou na Justiça Eleitoral esses crimes e agora acompanha o desenrolar do processo. Nesta quinta-feira, 14, ocorreu uma primeira audiência, na qual o relator do processo deu parecer favorável ao pedido, apontando a existência de fraude contra a cota de gênero, pelo partido Avante.

A candidatura Bancada Mulheres Amazônidas foi formada por Gizelle Freitas, Kamilla Sastre, Jane Patrícia e Fafá Guilherme, recebeu 3.661 votos em 2020 para a Câmara Municipal, permanecendo com a segunda suplência do PSOL. Com a posse da vereadora Vivi Reis como deputada federal, assumindo a vaga de Edmilson Rodrigues, eleito prefeito, as Mulheres Amazônidas ocupam a primeira suplência do partido e da Câmara como um todo – em caso de cassação de qualquer mandato, a candidatura assumiria a vaga.

Em vídeo, a assistente social Gizelle Soares de Freitas, 39, comemora a decisão favorável,  mas destaca que se trata de uma entre várias audiências que ainda irão ocorrer, com os demais votos no processo contra partidos que usaram candidaturas laranjas de mulheres. “Que a justiça se faça presente, só isso que queremos. Sabemos que não é uma batalha fácil, mas nesse 1° round tivemos o parecer favorável do juiz relator, que brilhantemente sustentou sua posição. Na terça-feira (19), teremos novo round”, comentou Gizelle.