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BRASIL

Datafolha mostra reprovação recorde de Bolsonaro e nova queda entre mais pobres

Entre os que ganham até 2 salários mínimos, apenas 17% aprovam o governo

da redação

Nova pesquisa Datafolha mostra que a reprovação de Jair Bolsonaro bateu novo recorde. Agora os que consideram o seu governo ruim ou péssimo somam 53% dos entrevistados entre 13 e 15 de setembro. É o pior índice de seu mandato, mais do que o dobro dos que aprovam o seu governo, 22%, entre bom e ótimo. O total de entrevistados que considera o governo regular permaneceu inalterado da última pesquisa, em 24%, e apenas 1% não souberam responder a pergunta.

A reprovação ao presidente reflete não apenas sua condução genocida na pandemia, mas a crise social, em especial a inflação. Não a toa, a piada pronta é a que afirma que a reprovação a Bolsonaro é a única coisa que cresce mais do que o preço da gasolina. A rejeição entre os mais pobres é o fato mais importante da pesquisa. Entre os que ganham até 2 salários mínimos, apenas 17% aprovam o governo – este índice era de 28% em março. A reprovação atinge também os eleitores evangélicos, cujas lideranças, em maioria, ainda seguem-no, e um dos pilares de seu apoio. Entre os evangélicos, 41% já não o apoiam, contra 29% que consideram o seu governo como bom ou ótimo. O governo também perdeu 11 pontos de aprovação entre os eleitores da região Norte e Centro-Oeste, eleitorado com maior penetração do bolsonarismo e seu discurso de ódio.

O setor no qual o apoio de Bolsonaro aumentou foi justamente entre os mais ricos, eleitores que ganham acima de 10 salários mínimos por mês. Entre esses eleitores, 36% aprovam o governo. A tendência de retorno do apoio entre os mais ricos vem se desenvolvendo acentuadamente desde maio, quando atingira seu pior resultado, com apenas 23% o apoiando. Pesa para isso o fato de que para este grupo o impacto da alta dos preços de alimentos é menor, sem falar no aumento da renda dos milionários – como os do jantar com Temer – durante a pandemia.

A pesquisa é um alento para todos e todas que desejam a derrubada deste governo e já preparam os grandes atos do dia 02 de outubro. É hora de transformar esta reprovação, novamente, em maioria nas ruas pelo Fora Bolsonaro e pelo impeachment.