O último sábado, 19 de junho, teria sido um grande dia de luta em Santa Catarina, com mobilizações em dezenas de cidades mas, infelizmente, diante das fortes chuvas no estado, a maioria dos atos foi suspenso. No dia seguinte, a campanha Fora Bolsonaro no estado se reuniu e orientou que o 19J fosse transformado em 26J, ou seja, que este sábado, 26 de junho, fosse Dia Estadual de Luta pelo Fora Bolsonaro em Santa Catarina. A partir daí, atos já foram confirmados na capital, Florianópolis, onde o protesto ocorrerá a partir das 09h, na Praça Tancredo Neves, em frente à Assembleia Legislativa; em Jaraguá do Sul (Praça Ângelo Piazera, às 9h) e Itajaí (Calçadão da Hercílio, às 10h). Em Lages, haverá colocação de faixas pela cidade.
O povo catarinense tem um motivo a mais para sair às ruas neste sábado. O presidente Bolsonaro chega hoje (25) ao estado, visitando Chapecó, no Oeste do estado. Ele visita obras, reúne-se com empresários e dorme na cidade. No sábado, a partir das 14h, irá participar de mais uma Motociata, o desfile da morte, que está sendo convocada com motociclistas de Santa Catarina, Paraná e do Rio Grande do Sul. Ele visita ainda a cidade de Xanxerê, a 45 km dali. Como nos outros desfiles com motociclistas e nas visitas que tem feito, Bolsonaro deve provocar aglomerações e dispensar cuidados sanitários. Nesta quinta, 24, no Rio Grande do Norte, ele chegou a abaixar a máscara do rosto de uma criança, para uma fotografia.
Em 07 de abril, quando esteve pela última vez em Chapecó, o presidente combateu o lockdown e defendeu abertamente o uso da cloroquina: “Tomei aquele medicamento, que todo mundo sabe qual é. no dia seguinte, tava bom! Muitos fizeram isso. Não podemos admitir impor limites à médico. Se o médico quer receitar aquele medicamento, que receite.” O presidente fez o discurso acompanhado do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, que havia tomado posse há 15 dias.
Não se sabe se o presidente passará pelos locais dos protestos, em sua agenda da cidade. Ao contrário dos atos bolsonaristas, os protestos contarão com distanciamento, uso de máscaras e álcool gel. Além de pedir pelo fim do governo genocida de Bolsonaro, as manifestações também tem como pautas vacina já para todos e todas, auxílio emergencial de R$ 600, contra a miséria, mais investimentos no Sistema Único de Saúde (SUS), contra os cortes da Educação, pelo fim do genocídio do povo negro, em defesa do serviço público e por geração de empregos.
O dia de luta faz parte do calendário do comitê nacional Fora Bolsonaro, preparatório aos atos de 24 de julho. Em outras cidades, ocorrerão manifestações simbólicas com ativistas da Geração 68, para lembrar o aniversário da Passeata dos Cem Mil.
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