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MOVIMENTO

Toda solidariedade à Deborah Fabri

Por Lucas Brito

Há 5 dias que, por todo o Brasil, ocorrem manifestações de rua. Gritos de Fora Temer têm sido cada vez mais intensos nas grandes capitais do país. Trabalhadores, estudantes, ativistas de movimentos sociais estão nas ruas contra o ilegítimo governo de Michel Temer, fruto das manobras reacionários do Congresso Nacional de corruptos e conservadores.

Temer foi levado à presidência da república por aqueles que querem fazer o trabalho sujo de jogar sobre as nossas costas os custos da crise econômica que eles criaram. Reforma da previdência, cortes nos gastos e congelamento do orçamento da saúde e educação por 20 anos, retirada dos direitos trabalhistas conquistados há um século pelos trabalhadores brasileiros. Essa é a cartilha do Ajuste Fiscal que estão planejando aplicar no Brasil nos próximos anos, a mesma que vinha sendo preparada pelo governo anterior do PT, mas que agora se pretendo aprofundar.

Como forma de tentar impedir a resistência popular, os governos, a começar por Temer, estão reprimindo duramente as manifestações. Tem sido assim todas as noites. Em SP a Secretaria de Segurança Pública inclusive chegou a tentar proibir a manifestação desse domingo na Avenida Paulista. Um completo absurdo!

Em SP no último dia 02 a Polícia Militar de Alckmin e Temer fizeram várias vítimas com suas bombas, balas de borracha, gás lacrimogêneo e prisões. Deborah Fabri, estudante da Universidade Federal do ABC e militante do Levante Popular da Juventude – LPJ foi gravemente ferida e perdeu a visão do olho esquerdo ao ser atingida por disparos da PM. Nós do MAIS nos solidarizamos com Débora e sua organização política, o Levante Popular da Juventude. A repressão sofrida por Débora atinge todas/os nós, pois mexeu com uma mexeu com todas/s.

Além disso, aproveitamos para declarar nosso mais profundo rechaço à declaração do professor universitário da UNESP, Jairo José da Silva, que disse: “se for petista, é boa notícia” se referindo à agressão sofrida pela estudante. Esse tipo de declaração é parte do mesmo repertório de discursos de ódio tão proferidos nos púlpitos do Congresso Nacional por figuras como Bolsonaro e Feliciano, mas também por setores da elite branca que foi às ruas de verde e amarelo esbravejar contra o PT pelos motivos errados. Sem dúvida a política de conciliação de classes dos governos do PT merece ser rechaçada. Mas quem está cobrando essa dívida somos nós da classe trabalhadora. E não é sobre isso que, provavelmente, José da Silva está falando.

Portanto, que saibam que não sairemos das ruas. A agressão sofrida por uma das nossas servirá de gás para seguirmos nas manifestações exigindo o Fora Temer, contra o ajuste e a retirada de direitos e pelo nosso próprio direito democrático de manifestação.