Neste 25 de dezembro, os principais jornais do país anunciam mais um reajuste que afetará a vida do povo, desta vez a tarifa de energia elétrica deve fechar o ano com alta de 14% e subir 9,4% em 2018.
Por Gisele Peres, da Redação
No tradicional discurso de Natal, o presidente Temer declarou que “está mais barato” viver no Brasil. No entanto, faltou mencionar que a conta de luz estará ainda mais cara em 2018.
Os trabalhadores mais pobres foram os mais afetados pela alta das tarifas de energia elétrica e do preço do gás do botijão em novembro, segundo o Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda.
Sob a justificativa de que as chuvas foram insuficientes para compensar períodos de seca e de que os cofres públicos não suportam o “aumento dos encargos sociais”, o Governo Temer vai penalizar ainda mais a população.
Na média, a maior alta deve ser registrada na região Sul (+10,7%), seguida pelo Sudeste (+9,3%). Em São Paulo, por exemplo, a conta de luz deve fechar este ano 7% mais cara e subir outros 9,1% em 2018.
A conta que inclui todas as políticas públicas ligadas ao setor, como o programa Luz para Todos e a tarifa social de energia -chamada de CDE-, deve passar de R$ 9,3 bilhões neste ano para R$ 12,6 bilhões em 2018.
Quem paga a conta?
O setor de produção de energia é essencial para o país e hoje, ou estão diretamente entregues nas mãos da iniciativa privada, ou as beneficiam explicitamente às custas do prejuízo da população.
A petroleira Natália Russo, da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), indica que a solução para os problemas no sistema elétrico nacional estão no investimento em infraestrutura do sistema de geração e distribuição atual, ampliação e pesquisa de energias alternativas, estatização completa do sistema entregando as companhias ao controle dos trabalhadores. “Isso tudo só é possível rompendo com o modelo que existe no país hoje, que privilegia os grandes empresários que lucram com o sucateamento do sistema e entrega o setor energético do país para o controle de multinacionais”, afirmou.
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