Por: redação, de Porto Alegre, RS.
Nesta quinta feira (26/10), os trabalhadores da Companhia de Processamento de Dados do Município de Porto Alegre (PROCEMPA) realizam 24h de paralisação por reposição salarial e pela manutenção do Acordo Coletivo. Após mais de 6 meses da data-base, o governo ainda não se manifestou sobre a reposição salarial e ainda faz uma interpretação abusiva e arbitrária do Acordo Coletivo, retirando direitos dos trabalhadores.
A empresa conta com cerca de 400 trabalhadores e segundo informou membro da Comissão de Trabalhadores (CT) cerca de 2/3 aderiram ao movimento. Na assembleia de hoje, alguns trabalhadores da empresa se revezaram no microfone destacando a importância da mobilização e denunciando o prefeito Nelson Marchezan Junior (PSDB). Falaram contra os privilégios dos CC’s e da necessidade de lutar para manter direitos e conquistar um reajuste salarial. Alguns mais antigos lembraram que fazia muitos anos que não se começava um movimento com essa adesão.
A professora do município de Porto Alegre em greve há 22 dias, Martina Gomes, fez uma saudação aos trabalhadores da PROCEMPA. Ela informou sobre a situação do movimento grevista dos municipários, explicou a postura até então intransigente do Governo Marchezan (PSDB) e convidou os trabalhadores à se unirem. Disse que apesar de terem pautas aparentemente diferentes, possuem um inimigo em comum que é o Prefeito Marchezan e o mesmo objetivo: lutar para manter e aumentar direitos dos trabalhadores. Disse ainda que os municipários recebem com muita alegria a decisão dos trabalhadores da PROCEMPA, pois isso engrossa a luta contra a administração municipal.
Na assembleia também falou Omar Santos da Rosa que é trabalhador da PROCERGS e diretor do sindicato da categoria, SINDIPPD (CSP-CONLUTAS). Ele contou sobre os 21 dias de greve feitos pelos trabalhadores da PROCERGS, das dificuldades e das conquistas. Disse que quando a greve começou lá no dia 3 de outubro ela já começou muito forte e se manteve assim até o final. Que as lutas da PROCERGS, da PROCEMPA, e as demais greves que estão ocorrendo são muito mais do que simples greves por salários e direitos, mas greves pela defesa de serviços públicos contra os governantes e políticos que querem precarizar e privatizar tudo. E que estes ataques não começaram hoje, mas já vinham desde governos anteriores que se diziam alinhados aos trabalhadores e a esquerda.
Na próxima segunda feira há nova assembleia marcada e os trabalhadores prometem entrar em greve por tempo indeterminado para exigir de Marchezan (PSDB) e da direção da PROCEMPA reposição salarial e manutenção do Acordo Coletivo.
Editorial do Esquerda Online: Todo apoio às greves no RS (https://esquerdaonline.com.br.
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Fotos: Pedro Silveira.
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