Sábado, 12 de agosto, dia do advogado, Eloisa Samy, conhecida como “radvogada”, fez uma postagem ridicularizando uma mulher trans que foi vítima de espancamento. Apologia ao ódio é crime. Fazer piada de uma travesti espancada é crime!
Já faz muito tempo que Eloisa Samy, a “radvogada”, propaga ódio contra as mulheres trans e as travestis. Sem nenhuma vergonha em mostrar seu puro ódio transfóbico, ela ridiculariza e insulta mulheres trans em várias de suas postagens. Ela reforça o estereótipo de que nós, mulheres trans e travestis, somos criminosas, loucas e histéricas, afirmando que somos literalmente uma ameaça às mulheres. Várias ativistas transfóbicas, incentivadas por Samy, comentam em suas postagens com deboche e ironia transfóbica.
Ano passado, ela fez várias postagens ridicularizando a ativista Daniela Andrade, chamando-a de Danielo. Na época, a LSR e Insurgência, correntes do PSOL, escreveram notas de repúdio a Samy. Depois do pedido de várias ativistas trans para que ela fosse desfiliada, a advogada foi expulsa do PSOL. Não há espaço no mesmo partido para pessoas que lutam cotidianamente contra toda forma de opressão e uma ativista que dedica sua militância a atacar pessoas trans.
Em 2014, quando Levy Fidélix vomitou sua verborragia homofóbica, as candidaturas do PSOL, Luciana Genro, e do PSTU, Zé Maria, defenderam sua prisão imediata por apologia ao ódio homofóbico. Com muito maior razão, hoje, Samy também deveria ser criminalizada por apologia à violência contra pessoas trans, uma atitude incompatível com a militância socialista, com a advocacia e com a defesa dos direitos humanos.
Muitas pessoas defendem Samy por ela se declarar feminista, ativista de direitos humanos, etc. Mas ódio contra pessoas trans continua sendo transfobia, não importa se a pessoa comete ela com a desculpa de estar defendendo as mulheres. Também Feliciano, Bolsonaro e Trump atacam as mulheres trans e as travestis com essa “justificativa”.
Outras pessoas poderiam dizer que devemos tentar o caminho do diálogo. Eu sou uma pessoa muito paciente e bem aberta a dialogar com pessoas preconceituosas para mostrar o preconceito delas. O problema é que Samy está muito longe de querer qualquer diálogo. Ela já fez a opção de ridicularizar e estereotipar travestis, como fazem os programas de humor como a Zorra Total e A Praça é Nossa. Ela já escolheu espalhar verborragias transfóbicas, como fazem os fundamentalistas, e, aliás, com a mesma justificativa que eles.
Quem aplaude crime de ódio é cúmplice!
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