Por: Anna Guedes e Cacau Prado, de São Paulo
O dia 28 de abril, sexta-feira, será um dia memorável na história do Brasil. Em São Paulo e por todo território nacional vemos a agitação de trabalhadores e estudantes para a construção massiva deste dia de Greve Geral.
Fazendo coro a essas movimentações, algumas escolas particulares de São Paulo também aderiram à paralisação. A resolução é atípica no cenário paulistano e expressa a força deste dia de luta contra as reformas do governo Temer (PSDB), como a Trabalhista, da Previdência e o projeto de terceirização, que visam colocar as consequências das crises econômica e política na conta dos trabalhadores e da juventude.
A EDUCAÇÃO NA VANGUARDA
A reforma da previdência, junto com a reforma trabalhista, é um ataque ainda mais profundo à classe dos professores, que já trabalham em condições muito precárias. No ciclo básico (ensino fundamental e médio) já é de conhecimento os inúmeros problemas encontrados: salas lotadas, falta de material, salários baixos, infra-estrutura sucateada, merenda precária, quadro de funcionários enxuto… A lista é longa. Os servidores públicos mobilizam-se frequentemente exigindo melhores condições de trabalho/estudo, que implicam diretamente na formação dos estudantes. Mas já há algum tempo que não são somente os professores da rede pública que têm se mobilizado por essa pauta.
Em 2014, pudemos acompanhar uma onda massiva de ocupações dos secundaristas exigindo que suas escolas não fossem fechadas. Em 2015, foram feitas ocupações exigindo merenda digna e melhorias na infra-estrutura. Este ano, as escolas privadas também participam ativamente das mobilizações para derrubar a reforma da previdência e trabalhista.
Após o 15M, algumas escolas passaram a discutir as reformas e como isso afetaria o setor privado. Com cartas abertas a toda comunidade, o movimento só cresceu: mais escolas passaram a se mobilizar com o apoio, inclusive, das famílias. No dia 31M os professores trabalharam com camiseta preta com números sinalizando qual a previsão de aposentadoria após a reforma e realizaram também atividades com toda a comunidade escolar a fim de debater como e o quanto isso mudaria nosso futuro. A pressão sobre o SinPro-SP (Sindicato dos Professores de São Paulo) foi grande, e em assembleia na última quinta (20) deliberaram adesão a greve geral no dia 28A.
A lista de escolas aderindo a greve não para de crescer, já se aproxima de 150. Mesmo sofrendo assédios públicos dos sócios, os professores continuam firmes na luta contra a reforma da previdência, e como resposta propõe aulas públicas, mesas de discussão, e outras discussões para toda a população.
Sem dúvidas, dia 28A extrapola as organizações sindicais tradicionais. É um movimento legítimo e massivo, com apoio de setores que há anos não se via em mobilizações dando resposta como categoria. Será um dia histórico, mais um de muitos que serão necessários para derrubar a reforma da previdência e garantir nossos direitos! Nós, professores, não trabalharemos até morrer.
LISTA DE ESCOLAS QUE ADERIRAM À PARALISAÇÃO DO DIA 28/04
Anglo 21 (Santo Amaro)
Anglo Alphaville (cursinho e colégio)
Anglo Butanta (cursinho e colégio)
Anglo Center Ville
Anglo Granja Viana (cursinho e colégio)
Anglo João Dias (cursinho)
Anglo Santo André (cursinho)
Anglo São Francisco (cursinho e colégio)
Anglo Sergipe (cursinho)
Anglo Tamandaré (cursinho)
Arraial das Cores
Be.living
BIS (Brazilian International School)
Carandá Vivavida
Carlitos
Castanheiras
Centro de Ensino São José (FII e médio)
Cermac
Colégio Almanac
Colégio Assunção (Jardim paulista)
Colégio Brasil Objetivo
Colégio Caetano Álvares
Colégio Carbonel
Colégio Clip
Colégio Cristo Rei
Colégio Cruzeiro do Sul
Colégio Elvira Brandão
Colégio Equipe
Colégio Engenho
Colégio Franscarmo
Colégio Franciscano Pio XII
Colégio Friburgo
Colégio Geometria
Colégio Guilherme de Almeida
Colégio Integrado de Guarulhos
Colégio Invenções
Colégio Jesus Maria José
Colégio Júlio Mesquita
Colégio Madre Iva (Cotia)
Colégio Madre Alix
Colégio Maia
Colégio Marista Glória
Colégio Marupiara
Colégio Miguel de Cervantes
Colégio Nahim Ahmad
Colégio Nossa Senhora do Morumbi
Colégio Nossa Senhora de Sion
Colégio MaterAmabilis
Colégio Mesquita
Colégio NotreDame
Colégio Parthenon
Colégio Passionista Santa Gema
Colégio Paulo de Tarso
Colégio Porto Seguro
Colégio Renascença
Colégio Renovação
Colégio Ressurreição
Colégio Rio Branco
Colégio Rumo
Colégio Sagrado Coração de Jesus
Colégio Salesiano Santa Teresinha
Colégio Santana
Colégio Santa Clara
Colégio Santa Cruz
Colégio Santa Marcelina
Colégio Santa Catarina de Sena
Colégio Santo Agostinho
Colégio Santo Américo
Colégio São Bento
Colégio Semear
Colégio Sion
Colégio Torricelli
Colégio Virgo Potens
Colégio Viver (Cotia)
Colégio WaldorfMicael
Cursinho Intergraus (Paraíso)
Curso Poliedro
Cursinho Maximize
Cursinho da Poli
EDEM
Escola Abelha Rainha
Escola Alecrim
Escola Alexandre de Gusmão (ESAG)
Escola Bakhita
Escola BeitYaacov
Escola Boni Consilii
Escola Capitulo 1
Escola Criarte
Escola Colibri
Escola Curumim
Escola Fazendo Arte
Escola do Futuro
Escola Livre Areté
Escola MateretMagistra
Escola Meu Castelinho
Escola Móbile
Escola Primeira
Escola Recreio
Escola Tancredo Neves (Objetivo)
Escola da Vila
Escola Viva
Escola Waldorf Berta e Emil Molt
Escola Waldorf Francisco de Assis
Escola Waldorf Rudolf Steiner
Escola Waldorf São Paulo
Espaço Brincar
Estilo de Aprender
FECAP
Giordano Bruno
Gracinha
Grão de Chão
Hugo Sarmento
Humboldt
Instituto Acaia
Instituto Educacional Bonadei
Instituto Madre Mazzarello
Instituto Nossa Senhora Auxiliadora
Ítaca
Jacarandá
Leonardo Da Vinci (Anglo Osasco)
Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo
Liceu Coração de Jesus
Lourenço Castanho
Lumiar
Madre Cabrini
MapleBear (Granja Julieta)
Miguilim
Nova Escola
Nova Geração
Ofélia Fonseca
Oswald de Andrade
Palmares (FII e Médio)
Parthenon (Guarulhos)
Pentágono (as três unidades)
Politeia
Ponto de Partida
Projeto Vida
Pueri Domus
Quintal do João Menino
Rainha da Paz
RedHouse Internacional School
Santi
São Domingos
São Luis
Stance Dual
SESI Vila Leopoldina (Médio)
Teia Multicultural
Vera Cruz
Vovó Corujinha
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