Da Redação
Após o anúncio da greve geral para o dia 28 de abril, uma das grandes expectativas era sobre a adesão, ou não dos trabalhadores dos transportes. Com a crescente urbanização, o setor pode determinar a dinâmica das principais cidades do país. Em São Paulo, por exemplo, bastou a decisão dos metroviários em se somar à mobilização do último dia 15 de março para parte importante da principal cidade do país ficar em clima de greve. Dessa vez, todo o setor pode parar. Em reunião conjunta, trabalhadores do metrô, ferroviários e rodoviários prometeram participar da greve geral convocada pelas centrais sindicais e frentes. O protesto é contra as reformas do governo de Michel Temer, como a Trabalhista, a da Previdência e a terceirização.
“Agora, chegou o momento de parar e mostrar ao governo Temer que não aceitamos perder a aposentadoria, os direitos trabalhistas e sermos submetidos à terceirização. Os trabalhadores estão conscientes de que agora é o momento de realizar uma grande manifestação”, diz nota do Sindicato dos Metroviários de São Paulo, que aprovou a participação no movimento em assembleia realizada no dia 11 de abril. A categoria se reunirá novamente no dia 27 de abril, um dia antes da paralisação.
De acordo com levantamento do site Diário do Transporte, 30 cidades e 13 milhões de pessoas devem ser impactadas. “No caso do Metrô em São Paulo, devem ser paralisadas na sexta-feira as linhas estatais: 1 Azul (Jabaquara/Tucuruvi), 2 Verde (Vila Madalena/Vila Prudente), 3 Vermelha (Corinthians Itaquera / Palmeiras Barra Funda), 5 Lilás (Capão Redondo/Adolfo Pinheiro) e o monotrilho da linha 15-Prata (Vila Prudente/Oratório)”, diz nota divulgada no portal, que emite dúvida sobre a linha 4 Amarela (Butantã/Luz), que é privada.
No caso da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), “devem ser paralisadas as linhas 7-Rubi (Jundiaí – Francisco Morato – Luz), 10-Turquesa (Rio Grande da Serra – Santo André – Brás), 11 Coral (Luz – Mogi das Cruzes/Estudantes) e 12-Safira (Brás – Poá/Calmon Viana)”.
A decisão sobre a linha 9-Esmeralda (Osasco – Grajaú) e 8-Diamante (Júlio Prestes – Itapevi ) caberá a assembleia que acontece nesta terça-feira (2).
Os rodoviários também anunciaram paralisação, com adesão de motoristas e cobradores do subsistema estrutural, linhas maiores, na capital. As linhas municipais e intermunicipais das cidades do ABC Paulista e de Guarulhos, Itaquaquecetuba, Arujá, Poá, Ferraz de Vasconcelos, Osasco, Embu das Artes, Embu-Guaçu, São Lourenço da Serra, Itapecerica da Serra, Juquitiba, Vargem Grande Paulista e Taboão da Serra também devem parar. O mesmo deve acontecer nas cidades do litoral, como Santos, São Vicente, Guarujá, Bertioga, Itanhaém, Peruíbe, Mongaguá, Cubatão e Praia Grande.
*Informações dos sindicatos e do Diário do Transporte
Saiba Mais
http://esquerdaonline.com.br.br/2017/04/19/28-de-abril-sao-paulo-tera-greve-geral-e-protestos-contra-as-reformas/
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